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STJ nega pedido de liberdade a médico

Defesa de Abdelmassih diz que vai recorrer ao STF na semana que vem

Por Bruno Tavares , Mariângela Gallucci e BRASÍLIA
Atualização:

A defesa do médico Roger Abdelmassih, de 65 anos, preso desde a última segunda-feira em São Paulo sob acusação de estupro de 56 mulheres, entre elas ex-pacientes, fracassou ontem na tentativa de conseguir um habeas corpus. O ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou um pedido para que o especialista em reprodução assistida aguardasse o andamento do processo em liberdade. O STJ não divulgou o conteúdo da decisão do ministro. Na quarta-feira, o desembargador José Raul Gavião de Almeida, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, já havia negado uma liminar. O criminalista José Luís Oliveira Lima, advogado do médico, anunciou que vai recorrer da decisão, na semana que vem, ao Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento do mérito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo ainda não tem data para ocorrer. Os fundamentos do pedido de liberdade entregue ao STJ eram praticamente os mesmos apresentados ao TJ. Além de apontar desrespeito ao princípio da presunção de inocência, o advogado do médico ressalta que seu cliente preenche todos os requisitos para responder ao processo em liberdade - é primário, tem bons antecedentes, ocupação lícita e endereço fixo. O médico também teve o registro suspenso temporariamente (interdição cautelar) pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Com a medida, ele está impedido de clinicar por seis meses. A defesa de Abdelmassih também informou que recorrerá da decisão. A clínica continua funcionando normalmente. PICHAÇÃO Anteontem à noite, o muro da clínica do médico, localizada no Jardim América, em São Paulo, foi pichado com a frase: "Velho tarado. A Justiça tarda, mais não falha (sic)."

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