SP tem 176 postos com remédio para gripe

Droga só pode ser retirada com receita médica e formulário próprio

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Por Mariana Mandelli
Atualização:

O Estado de São Paulo agora conta com 176 postos de distribuição do remédio oseltamivir, utilizado para tratar a gripe suína. Poderão retirar o medicamento pacientes infectados e do grupo de risco que apresentem receita médica e o formulário de controle preenchido pelo médico da rede pública ou particular. Na Grande São Paulo e no interior, 61 postos estão autorizados a distribuir o remédio, dos quais 4 são hospitais de referência, em Araraquara, Santos, Marília e Sorocaba. Conheça os locais de distribuição do antiviral Na cidade de São Paulo, o processo agora é reforçado pelas 115 Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), que desde ontem estão entregando o Tamiflu. O objetivo das secretarias estadual e municipal da Saúde é otimizar e descentralizar a dispensação do Tamiflu, agilizando o acesso ao remédio para pessoas com suspeita de síndrome gripal e pacientes do grupo de risco - como gestantes, idosos, crianças menores de 2 anos e pacientes com diabetes, obesidade mórbida, deficiência imunológica, doenças cardíacas, pulmonares, renal crônica ou doenças provocadas por alterações da hemoglobina. Para conseguir o medicamento, essas pessoas devem estar dentro do prazo de 48 horas da data do início dos sintomas e devem ter consultado um médico, da rede pública ou particular, que tenha fornecido receita e que tenha preenchido, assinado e carimbado adequadamente o formulário padronizado, disponível no site do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado: www.cve.saude.sp.gov.br. Os formulários ficarão retidos nos postos e a receita será devolvida ao paciente. A Secretaria Estadual da Saúde, que chegou a divulgar nesta semana que facilitaria o acesso em 50 unidades de saúde, divulgou ontem a ampliação do número. Serão 61 postos, localizados em cidades de todas as regiões do Estado. O aumento no número de locais se deve, segundo a assessoria, a parcerias com os municípios. A lista com os endereços está disponível em www.cve.saude.sp.gov.br/htm/resp/influa_polos.htm. Na capital, o antiviral já está disponível nas AMAs - com exceção das AMAs Especialidades e das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Segundo o secretário municipal da Saúde, Januario Montone, o procedimento para a retirada do Tamiflu nas AMAs será controlado pela Prefeitura. "Não faremos apenas o controle físico do paciente", afirma. "Saberemos em que áreas há mais casos e não perderemos o rastro da doença", afirmou. Quanto ao estoque, o secretário não quantificou a remessa disponível para a cidade, mas afirmou que São Paulo está preparada para atender a demanda de casos. O Ministério da Saúde repassou aos Estados nesta semana um total de 191,7 mil tratamentos. A previsão do ministério é distribuir mais 881,5 mil até o fim de agosto. DIFICULDADE DE ACESSO Ontem, os pacientes que procuraram nas AMAs pelo Tamiflu tiveram dificuldade para encontrar o remédio. A reportagem foi a quatro endereços e apenas a unidade Sé dispunha do medicamento. Foi lá que Fortuna Skinazi conseguiu o tratamento com dez cápsulas de fosfato de oseltamivir. Nas AMAs Vila Barbosa, Mário Américo e Boracea, as farmácias não tinham Tamiflu. "É um absurdo. Eles anunciaram uma coisa que não está acontecendo", diz Roberto de Toledo, de 55 anos, que buscava o medicamento na Vila Barbosa para a filha, de 17, com suspeita da nova gripe.

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