Para RHs, personalidade não é tudo

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Por Karina Toledo
Atualização:

Os autores do estudo indicam que, além de viver mais, os organizados, disciplinados e persistentes também levam vantagem na vida profissional, que tende a ser mais estável. Para Marisabel Ribeiro, diretora de desenvolvimento da Right Management, empresa de consultoria em Recursos Humanos, as pessoas com mais autocontrole e disciplina de fato tendem a estabelecer relações mais harmônicas no trabalho. "Elas criam menos conflitos que os mais impulsivos, que falam tudo o que vem à cabeça." Marisabel ressalta, no entanto, que a personalidade, de forma isolada, não garante a permanência de ninguém no emprego. "O que realmente faz as pessoas ficarem em uma empresa, além da competência para desempenhar a função, é a proximidade entre a área de trabalho e a zona de interesse, ou seja, fazer aquilo que gosta. Também é importante a identificação com os valores e a cultura da empresa", afirma. As empresas de recursos humanos frequentemente recorrem a questionários, entrevistas e dinâmicas de grupo para avaliar a personalidade e selecionar candidatos. Mas, segundo a presidente da seccional paulista da Associação Brasileira de recursos humanos (ABRH), Elaine Saad, não se pode afirmar que determinados aspectos da personalidade são mais valorizados que outros. "Depende da posição que a pessoa vai ocupar. A gente não avalia uma pessoa por ela própria, mas considerando uma determinada função, que exige um conjunto de habilidades e competências." Normalmente, diz Elaine , é mais comum encontrar pessoas organizadas na área financeira, administrativa e de engenharia. "São cargos de atividade mais processual. Já as pessoas de marketing e vendas, por exemplo, têm característica mais emocional, impulsiva. Mas isso não quer dizer que não possam desempenhar outras funções." O perfil do chefe também deve ser levado em consideração na seleção, diz Elaine, pois deve ser compatível com o do futuro funcionário.

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