OMS reforça necessidade de leite materno

Mais de 1 milhão de mortes de bebês seriam evitadas no 1.º ano de vida

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Por Redação
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Cerca de 1,3 milhão de mortes de crianças poderiam ser evitadas todos os anos se as mães dessem apenas leite materno no primeiro ano de vida de seus filhos e evitassem qualquer outro tipo de produto. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que lança a partir de hoje uma campanha internacional para promover o leite materno. De acordo com Constanza Vallenas, que chefia o departamento de saúde infantil da agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), o leite materno é dado a uma minoria de bebês: apenas 40% das crianças de até 6 meses de idade são alimentadas com ele. Essa forma de alimentação não apenas evitaria a má nutrição, mas também protegeria as crianças de doenças. O leite materno ainda seria a intervenção preventiva mais eficiente contra doenças infecciosas. Ainda segundo a OMS, ele evita entre 12% e 15% das mortes de crianças menores de 5 anos nos países pobres. INFORMAÇÃO A OMS, porém, alerta que a culpa não é apenas das mães. Para a entidade, elas precisam ser auxiliadas e ensinadas a amamentar. "Apoio deve ser dado a essas mães", afirmou Constanza, pedindo que clínicas, hospitais e serviços de saúde sejam treinados para dar esse apoio. A recomendação da OMS é para que crianças sejam amamentadas já na primeira hora de seu nascimento. A entidade também orienta que elas sejam alimentadas apenas com o leite materno pelos seus primeiros 6 meses de vida, evitando tanto água como leite industrializado ou outros alimentos. Isso garantiria nutrientes vitais para o sistema imunológico, facilitando a luta contra diarreia e pneumonia, por exemplo. A OMS insiste também que fórmulas de leite vendidas no comércio não garantem os mesmos resultados. A meta da OMS é de elevar a proporção de amamentação materna para 90% das crianças, o que garantiria uma redução de 13% nas 10 milhões de mortes de crianças por ano. "Durante emergências, doações de substitutos de leite materno devem ser evitadas", afirmou em um comunicado Margaret Chan, diretora da OMS. A chegada desses produtos pode encorajar mães a pararem de amamentar, deixando suas crianças vulneráveis.

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