Nova estratégia contra a doença está em debate

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Por Fabiane Leite
Atualização:

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia defende que o País adote estratégia publicada em 2005 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para melhorar o atendimento às doenças respiratórias em geral - incluindo a tuberculose - além de pneumonia, asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). As primeiras discussões com o Ministério da Saúde já começaram. A estratégia PAL, sigla em inglês para "abordagem sindrômica para o paciente respiratório", prevê manuais de orientação para garantir que todos os exames necessários para detectar as doenças sejam realizados. Além disso, indica que os países elaborem listas de medicamentos com boa relação custo/benefício que podem ser utilizados, entre outras medidas. O programa é recomendado para países de média e baixa renda e com razoável controle da tuberculose e foi desenhado pela OMS principalmente para melhorar a detecção da doença e, por conseqüência, das demais. Juntos, problemas respiratórios causam cerca de 11 milhões de mortes todos os anos no mundo. No Brasil, por exemplo, cerca de 30% dos casos de tuberculose só são detectados quando agravam e chegam ao hospital, mas os índices são ainda maiores em alguns locais. No Rio de Janeiro chega a 33%, e em São Paulo a 42%, segundo dados da Rede-TB, que reúne pesquisadores. Os índices já denotam má assistência na rede de postos de saúde, mas mesmo nos hospitais não são feitos todos os exames necessários. Em 63 hospitais avaliados no País, 43% não realizavam cultura de escarro, teste necessário para diagnosticar a doença em alguns casos."Com a estratégia PAL, será possível diagnosticar as doenças agudas e reforçar o atendimento à tuberculose", afirmou o presidente da sociedade, Antônio Carlos Moreira Lemos.

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