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Médico para toda a família

Quando a casa do paciente pode virar consultório

Por Dina Amendola
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Benedito Aparecido Fantini, de 59 anos, é diabético, tem colesterol alto e hipertensão. Apesar de todos estes problemas de saúde, ele não queria mais sair de casa para ir ao médico. Estava em depressão profunda. 'Passei por um período sofrido', conta Elza Ziviani Fantini, 54 anos, que precisava correr com o marido de médico em médico - um para cada doença nova que aparecia. Cada especialista exigia um exame específico, o que cansava e desanimava a família. Há quatro anos, o plano de saúde indicou a Elza um médico de família. E os Fantini nunca mais procuraram outro especialista. 'O doutor Marco Aurélio Janaudis não só virou médico do meu marido, como passou também a cuidar de mim e hoje atende até meus netos', comemora Elza. 'Ser um médico de família é tratar o paciente como um todo e não só cuidar da sua doença', explica Marco Aurélio Janaudis. O tratamento humanizado é um dos pilares da Medicina de Família. 'As pessoas sentem-se órfãs de um médico que cuide delas como um todo, de um médico que as ouça para todo e qualquer problema', analisa Adriana Roncoletta,diretora da Sociedade Brasileira de Medicina de Família. Quando encontram esse atendimento, ficam mais seguras. 'O médico começou a se interessar seriamente por nossa família. Assim nasceu entre nós uma forte relação de amizade, de parceria, de afeto. Quando estou desanimada é ele quem me ouve, me dá conselhos, me examina', confirma a dona de casa Elza. Figura comum em filmes de época, o médico que atende de 'porta em porta' voltou a ser popular no Brasil com o movimento dos médicos de família, criado em 1992, por um grupo de profissionais da medicina, que queria prestar um atendimento mais humano e fundou a Sociedade Brasleira de Medicina de Família (Sobramfa). O novo médico de família, no entanto, nem sempre vai à casa do paciente. Geralmente atende em consultório ou postos de saúde. Alguns convênios, como a Assistência Médica de São Paulo (Amesp), o Grupo Medial e o do Banco do Brasil, passaram a incluir médicos de família em seu quadro de conveniados. O Hospital 9 de Julho também possui profissionais dessa especialidade. E, no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte, já existe um ambulatório de médicos de família (na R. Cel. Sezefredo Fagundes, 656, 6991-8362) , com consultas que custam R$ 40.

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