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Mães de 14 bebês de Bauru terão de fazer teste de DNA

Casal cujo filho morreu no parto suspeita de troca de crianças

Por Jair Aceituno e BAURU
Atualização:

Catorze mães que tiveram seus filhos no dia 21 de outubro de 2001 na Maternidade Santa Isabel, em Bauru, serão chamadas a fazer exame de DNA para saber se as crianças que estão criando são mesmo seus filhos. Tudo porque naquele dia também nasceu no mesmo hospital o filho do casal Vera Lúcia Dutra e Reginaldo Aparecido de Souza, que morreu logo após o parto. Dúvidas sobre as informações repassadas ao casal e o procedimento de liberação do corpo motivaram a medida. Logo após o parto, uma enfermeira disse a Vera Lúcia que ela havia tido um menino e ele estava em observação médica. Horas depois, Souza foi informado da morte da criança. O corpo liberado, no entanto, era de uma menina. Assim que Vera Lúcia saiu do hospital e recebeu a informação de que Souza havia enterrado uma menina, o casal procurou a polícia de Reginópolis, cidade onde moram, a 80 quilômetros de Bauru, mas não conseguiu sucesso na tentativa de apurar o ocorrido. Um inquérito acabou sendo aberto em Bauru, por solicitação do Ministério Público. Em março, foram exumados os cadáveres de quatro bebês que nasceram no mesmo dia e morreram naquela maternidade. Mas, por causa do adiantado estado de decomposição, um deles não ofereceu informações conclusivas para o laudo. O médico Ivan Segura, da regional de Bauru do Instituto Médico Legal (IML), disse que o próximo passo na apuração do casal é investigar a paternidade de todos as crianças nascidas naquele dia no mesmo hospital. Vera Lúcia e Souza querem saber se houve troca de bebês. Eles contam que algum tempo depois do parto receberam telefonemas ameaçadores de "números restritos" dizendo que o filho havia sido vendido e estava fora do País, aumentando a angústia do casal. Desde o começo do ano, quando o caso foi reaberto no 3º Distrito Policial de Bauru, o delegado Ismael Cavalieri tem procurado por testemunhas. Legistas do IML adiantaram à época da exumação que, diferentemente do que ocorre com cadáveres de adultos, o exame de ossada de crianças cujos tecidos já de decompuseram há muito tempo dificilmente revela o sexo. Com base no laudo inconclusivo, emitido pelo IML na última sexta-feira, a polícia vai agora convocar as mães dos nascidos vivos na mesma data para os exames de DNA INTERDIÇÃO Em Campinas, o Hospital de Clínicas da Unicamp anunciou ontem a restrição temporária das internações e procedimentos clínicos e cirúrgicos eletivos em suas enfermarias. Foram detectados 12 pacientes portadores da bactéria Enterococcus faecium. Ela faz parte da flora natural do ser humano em condições normais de saúde. A forma variante encontrada nos pacientes, no entanto, demonstrou ser resistente ao antibiótico usado para esse tipo de bactéria. A partir de agora, serão atendidos apenas casos de urgência encaminhados ao pronto-socorro do hospital. A interdição deve durar cerca de três semanas.

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