''Isso é ficção, não existe; é matéria vencida''

Principal representante político da Igreja Universal no Congresso, ele afirma que as denúncias são ''assunto superado''

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Por Marcelo de Moraes
Atualização:

Principal representante político da Igreja Universal do Reino de Deus no Congresso, o senador Marcello Crivella (PRB-RJ) considerou ontem como "matéria vencida" as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Estadual contra o bispo Edir Macedo e outros nove integrantes da igreja, com acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha em suposto esquema que seria bancado com a arrecadação dos dízimos pagos por fiéis. Em entrevista ao Estado, o senador disse que a acusação de uso indevido dos dízimos arrecadados "é ficção". Como o senhor avalia as acusações do Ministério Público Estadual contra o bispo Edir Macedo e outros membros da Universal? É um assunto superado. O Supremo Tribunal Federal já decidiu sobre isso. E eu acredito que agora, quando a defesa da Igreja apresentar ao juiz os seus argumentos, a acusação não será aceita. Não sendo aceita, ficará muito mal para aqueles que se anteciparam em um prejulgamento, achando que teria algum fundamento. É matéria vencida. Por qual motivo o senhor acredita que essas denúncias foram feitas? Em 1993, um pastor que saiu da Igreja Universal fez denúncias, mas não apresentou provas. Ele enviou documentos apócrifos. E isso foi parar nas redações dos jornais e no noticiário. O jornal cumpre seu papel de fazer denúncias. Agora, essas denúncias tiveram prosseguimento em uma investigação que demorou mais de dez anos na Justiça. Tratava desses pressupostos que a Igreja recolhe dinheiro dos fiéis, lava lá fora e coloca no nome de bispos e esses bispos adquirem grandes fortunas. Isso é uma ficção, é fictício. Não existe. Mas há uma insistência. O senhor atribui isso a algum tipo de campanha contra a Universal? Por parte da Igreja, e eu não falo como dirigente, mas sim como membro, fica a sensação de que há uma disputa de mídia, uma disputa de espaço, pela ligação que a Igreja tem com a Record, com rádios. Mas não há nada fundado. Tenho 32 anos de Igreja. A partir do quarto, quinto ano, quando o crescimento da Igreja foi mais expressivo, começaram as denúncias. Mas até hoje não há condenação. Só arquivos e sentenças de inocência. Será mais uma vez um episódio desses. Antigamente, a Igreja tinha uma atitude mais de silêncio. Agora não. O que Jesus ensinou é que, se levantam uma mentira, então você dá a outra face da mentira, que é a verdade. A Igreja vai responder nos meios de comunicação que tiver disponibilidade.

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