Dois filhotes de harpia foram reproduzidos no Refúgio Biológico Bela Vista, unidade de proteção ambiental da Itaipu Binacional. Foi a primeira experiência bem-sucedida de reprodução em cativeiro no Sul do país. Os bebês harpias ficarão isolados por 30 dias, em um ambiente com clima e alimentação controlados. A medida foi tomada para evitar a perda dos filhotes, como ocorreu com três crias nascidas em 2007 e 2008. Após esse período, os bebês harpia devem voltar ao recinto onde viverão próximos dos pais. "Nosso objetivo sempre foi a reprodução da espécie e conseguir isso é motivo de grande comemoração", afirma o veterinário Wanderlei Moraes. Segundo o veterinário, o trabalho de recuperação da espécie é lento e exige paciência. As harpias precisam de uma grande área para habitarem e uma população mínima de 100 indivíduos para que possam sobreviver à própria sorte. A harpia é considerada a ave de rapina mais poderosa do mundo. Os maiores remanescentes da ave se encontram em árvores altas da Amazônia, onde constroem seus ninhos.