Flash-back

Conheça o estilo que marcou as décadas de 1950 a 1990, cheias de lembranças e curiosidades

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Por Virna Wulkan
Atualização:

ANOS 50

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Em contraponto ao período de privações da 2ª Guerra, surgem os vestidos glamourosos, com saias volumosas e cinturas bem marcadas, o chamado "new look" de Christian Dior.

Era o tempo de acessórios luxuosos, como sapatos de saltos altos, luvas, estolas de pele, chapéus e joias.

A grande inspiração eram os trajes das divas do cinema, como Grace Kelly, Audrey Hepbrun, Marilyn Monroe e Brigitte Bardot.

Nos Estados Unidos, começa a se aperfeiçoar o ready-to-wear, ou seja, a produção de roupas em grande escala. E, na França, despontam nomes como Balenciaga, Givenchy, Chanel e o próprio Dior.

Mais elementos da época: saias lápis ou rodadas, calças capri, twin-sets, blusas frente-única, tomara-que-caia, óculos gatinho, sapatilhas, colares de pérolas.

ANOS 60

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Entra em cena uma geração disposta a quebrar os padrões de comportamento. Surge, então, a minissaia, criação atribuída (com certa polêmica) a Mary Quant, e celebrizada na modelo Twiggy.

A Inglaterra torna-se o epicentro, mais precisamente a "swinging London", com suas pequenas butiques.

A chegada do homem à lua influencia estilistas como Paco Rabanne e André Courrèges, na criação de coleções inspiradas na nova "era espacial", com shapes futuristas, tecidos tecnológicos (surgiam o poliéster, o náilon e outros sintéticos) e cores metalizadas.

Modelagens geométricas, como os vestidos-trapézio e a silhueta "A", e estampas gráficas, com influência da Op Art, são marcas registradas.

A psicodelia, creditada às experimentações com drogas, como o LSD, teve como seu maior representante na moda o estilista Emilio Pucci, com suas estampas coloridíssimas.

Surge o movimento hippie e a anti-moda.

Mais elementos da época: botas altas nas cores branca e prateada, peças de plástico ou chapinhas de metal, túnicas de Pierre Cardin, cores fluorescentes, estampas étnicas, terninhos e safáris de Yves Saint Laurent, estampa zig zag de Missoni.

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ANOS 70

A baixa no preço das passagens aéreas trouxe uma influência étnica muito forte para a moda. O estilo hippie entra com tudo, nas modelagens, com batas e caftãs, e nas cores e estampas, com motivos inspirados principalmente na África e Oriente.

Outra influência foi a popularização das maxibijus.

O folk, representado pelo artesanato de diferentes povos, inspira formas e acabamentos, como bordados, patchworks, franjas e macramê.

Peças assimétricas, com um ombro só ou barras despontadas, são colaborações da estilista Zandra Rhodes.

Nomes japoneses destacam-se, com sua estética escultural e artística ou, em outra vezes, divertida. Entre eles: Yohji Yamamoto, Issey Miyaki e Kenzo.

O filme Os Embalos de Sábado à Noite e a novela Dancin?Days levam o clima da discoteca para as roupas, com materiais metálicos e brilhantes, como o lurex e o lamê, e as estampas vistosas, como a de oncinha.

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Mais elementos da época: wrap dress de Diane Von Furstemberg, calças pantalonas, vestidos modelo império com estampas florais de Laura Ashley, parcas, maxissaias, sandálias com plataformas de madeira (com ou sem meias).

ANOS 80

É chamada por alguns de "década do exagero", com suas estampas exuberantes e formas futuristas e lúdicas, trazidas por estilistas como Thierry Mugler, Christian Lacroix e Claude Montana.

Foi também a era dos yuppies de Wall Street, que só pensavam em trabalho e dinheiro. Por isso, a alfaiataria - influência do guarda-roupa masculino - ganha força, nos tailleurs bem cortados, com ombreiras volumosas, como os de Armani e de Richard Tyler.

Os Estados Unidos viram a meca da moda, com um ready-to-wear de nomes como Calvin Klein, Donna Karan e Ralph Lauren.

Os astros do hip-hop ditam tendências, com roupas inspiradas no sportwear. A aeróbica vira febre nas academias. Ganham maior destaque marcas como Nike, Adidas e Reebok. Peças como tênis, leggings e moletons invadem as ruas.

O movimento new wave chega conquistando os adolescentes, com as cores flúor, as estampas quadriculadas ou geométricas, e as t-shirts extra-large.

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Vivienne Westwood democratiza a estética punk londrina.

Outros elementos da época: mangas bufantes ou tipo morcego, assimetrias (como nas blusas com um ombro à mostra), vestidos colados ao corpo, brinco grande em uma orelha só, muito dourado.

ANOS 90

O movimento grunge, dos roqueiros de Seatlle, dita a forma de vestir dos jovens, com seus jeans rasgados, camisas de flanela xadrez, bermudões, coturnos. A radicalização dessa moda foi a "estética de mendigo", retratada por John Galliano em um de seus desfiles de maior repercussão.

Clubbers são a tribo das baladas noturnas, ao som de música eletrônica e com uma forma de vestir bem característica: roupas justas, esportivas, com cores ácidas e fosforescentes, piercings, olhos pintados, cabelos coloridos.

A grife Dolce & Gabbana consolida a moda de deixar a lingerie à mostra; Jean Paul Gaultier veste Madonna com o sutiã de cones na turnê Blonde Ambition, auge de sua carreira.

Versace simboliza o glamour máximo com seu logotipo de medusas e acessórios predominantemente dourados.

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Uma onda de revivals de todas as décadas anteriores marcou o final do milênio, e fez ressurgir marcas como Puma, Gucci, Lacoste, entre outras.

Outros elementos da época: roupas de brechós, tênis All Star, bolsas de náilon da Prada, peças logotipadas da Louis Vuitton.

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