Chile vai isolar à força doente de gripe suína

Com mais de 3 mil casos, país adota novas medidas, entre elas licença de trabalho para familiares de paciente, mesmo que não tenham sintoma

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Por Ariel Palacios e BUENOS AIRES
Atualização:

O Chile adotou ontem novas medidas para combater a gripe suína, entre elas a concessão de poderes especiais ao Ministério da Saúde para colocar doentes em isolamento compulsório. Acompanhe todo o noticiário sobre gripe suína O país acumula o maior número de contágios na América do Sul. Desde o surgimento do primeiro caso em território chileno, no dia 17 de maio, foram registradas 3.125 ocorrências. Desses casos, 78% dos doentes já estão recuperados. Ontem, o Chile anunciou a 4ª morte causada pelo vírus A(H1N1). O chileno Ismael Pavez González, de 40 anos, morreu em um hospital da capital, Santiago, embora seja proveniente de Puerto Montt, no sul do país. As três vítimas anteriores também provinham dessa região, área de temperaturas baixas, ambiente propício para a expansão da gripe. Em Santiago, dezenas de escolas decidiram por conta própria fechar suas portas preventivamente. Nos últimos dias, as principais clínicas da cidade ficaram lotadas de pessoas com sintomas da gripe. LICENÇA MÉDICA O decreto também determina que o Ministério da Saúde entregue medicamentos antivirais aos parentes dos doentes. O ministério ainda poderá conceder licença de trabalho aos integrantes da família da pessoa contagiada, mesmo que não apresentem sintomas. As autoridades poderão também comprar medicamentos sem licitação e fazer contratações emergenciais. Na Argentina, onde o número de óbitos por gripe suína chegou ontem a seis, o vice-ministro da Saúde, Carlos Soratti, recomendou à população que evite viajar para o Chile e para a Patagônia. Do total de 918 casos (dos quais 12 são graves), mais de 800 estão na cidade de Buenos Aires. FÉRIAS FRUSTRADAS Ontem, 326 venezuelanos e 55 passageiros de outras nacionalidades de um cruzeiro espanhol em que três tripulantes contraíram gripe suína desembarcaram na Ilha Margarita. O navio Ocean Dream seguiu para Aruba, de onde os demais turistas (quatro são brasileiros) voltarão para seus países de origem. COM AFP

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