PUBLICIDADE

Aprendizes em pânico

Por Agencia Estado
Atualização:

O escocês Gordon Ramsay faz chorar quem trabalha em seus restaurantes. Ao menos, era o que mostrava o reality show ?Hell?s Kitchen?, que esteve em cartaz no GNT. Em sua cozinha do inferno, os aprendizes ouviam todo tipo de insulto enquanto tentavam elaborar pratos com perfeição. Lágrimas eram freqüentes. Ramsay fez carreira na Inglaterra. Hoje, possui três estrelas no ?Guia Michelin? - condecoração máxima no ramo. E virou grife. Há um ano, o chef lançou o ?Hell?s Kitchen? e gostou da brincadeira na TV: fez mais dois programas, o ?The F Word?, também no GNT, e ?Ramsay´s Kitchen Nightmares?, que estreou por aqui na última quinta. Desta vez, a missão de Gordon é ajudar proprietários de restaurantes em crise a reerguer o negócio. A série ganhou o Emmy em 2006. Entre os chefs de verdade, respeitar a etiqueta no trato com os colegas também é difícil. ?Cozinha é feita de gritaria?, explica Bassoleil. ?Na correria, não dá tempo de pedir: ?Por favor, gostaria que você fizesse...?, diz Erika. A chef Francine Jubran também teve experiências dignas de ?Hell?s Kitchen? no badalado Mugaritz, na Espanha. Ali, oito chefs e 17 estagiários trabalhavam 16 horas por dia. Segundo ela, o pior desafio era enfrentar a câmera fria. ?Havia coletes para não passarmos tanto frio, mas não tinha para todo mundo. Certa vez meu dedo endureceu, congelou, e pedi para continuar picando fora da câmara. O chef não deixou. E fiquei lá, picando e esquentando meu dedo na água quente. Já ouvi muita grosseria, mas valeu a pena. É com disciplina que são formados os grandes chefs.?

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.