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'Ser brasileiro e negro é quase insustentável', diz Camila Pitanga

'Cor da pele determina quem tem três vezes mais chance de ser assassinado', disse a atriz, que ainda lembrou a morte da vereadora Marielle

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Por Redação
Atualização:
A atriz Camila Pitanga Foto: Flora Negri / Cosmopolitan / Divulgação

A atriz Camila Pitanga foi convidada a escrever um artigo sobre a violência contra a população negra no Brasil para a revista Cosmopolitan do mês de abril, que já está disponível nas bancas. "Quando eu digo que a vida negra importa, não relativizo a vida dos brancos. Pelo contrário, estou convocando você à luta. Lembrando a você, irmão e irmã, o óbvio: que a vida do negro também importa e que estamos abandonados. [...] Ser brasileiro é exaustivo para todos nós. Ser brasileiro e negro é quase insustentável", disse. "Estou gritando por uma união que representa 'socorro' em um País onde todo jovem negro parece ter um alvo na testa. E se continuarmos nos calando, se não gritarmos que essas vidas importam, seguiremos enterrando nossos filhos", prosseguiu. Camila ainda aproveitou para opinar a respeito da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), ocorrida em março: "Marielle Franco alertou, foi ouvida e, por ser tão ouvida, foi morta; mas jamais silenciada. Marielle, presente. Camilla, presente. Todas as vidas negras, presente." "Negros excluídos em lugares sem o básico para sobreviver. A única mão que o Estado brasileiro estendeu à população negra, até o momento, é a que nos açoita. No meu País, a cor da pele determina quem tem três vezes mais chance de ser assassinado. Que igualdade é essa?", questionou.

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