PUBLICIDADE

'Rá-Tim-Bum - O Castelo' estreia no Memorial da América Latina

Exposição recria os ambientes do cenário num espaço de 700 m² e reproduz a fachada do Castelo pela primeira vez

Por Hyndara Freitas
Atualização:
Salão principal do Castelo, reproduzido no Memorial da América Latina. Foto: Sergio Castro/ESTADÃO

Quem visita o Castelo Rá-Tim-Bum reproduzido no Memorial da América Latina é recebido pelo icônico Porteiro e, logo no início, dá de cara com uma grande maquete do Castelo original. É aí que começa a exposição Rá-Tim-Bum - O Castelo, que reproduz 22 ambientes do sucesso da TV Cultura da década de 1990 e abre ao público nesta sexta-feira, 31. 

PUBLICIDADE

Ao incluir desde pisos e azulejos idênticos aos que haviam no cenário original do Castelo até figurinos originais usados pelos personagens, a exposição é capaz de transportar os visitantes de volta à frente da televisão em que assistiam ao programa na infância. A biblioteca do Gato Pintado é um dos ambientes de destaque, já que consegue apresentar os livros nas estantes com a mesma 'organização bagunçada' exibida no programa, e ainda mostra grande esmero ao inserir detalhes idênticos ao do programa, como uma fotografia e uma caneta.

Mas não só de objetos estáticos vive a exposição, que abusa do audiovisual em todas as salas e ainda insere elementos interativos. Quando o visitante entra no primeiro espaço, dedicado a Penélope, a personagem pergunta: "Por que o Tio Victor liberou a visita de vocês para este castelo?", e faz um desafio ao visitante. Já na sala que reproduz os esgotos, é possível ouvir a icônica risada do Mau e, na sala de Morgana, a gralha Adelaide fala com quem estiver por perto, assim como a cobra Celeste. 

"A gente tomou muito cuidado para trazer para cada um dos ambientes e dos personagens um pouco de tecnologia. Não queríamos fazer apenas uma exposição estática, mas sim que o Castelo estivesse vivo, como se cada personagem tivesse um contato íntimo com o visitante. São detalhes que somam numa experiência muito rica. O visitante vai poder se relacionar com a Penélope de uma forma, com a Celeste de outra. Um dos motes do programa era falar com crianças curiosas, e a gente quis manter esse cerne de despertar esse curiosidade na exposição", disse Marcelo Jackow, diretor de criação da Caselúdico, empresa responsável pela cenografia.

Na exposição, o Memorial exibe os espaços físicos do Castelo sem ordem aparente. A cozinha, o grande salão de entrada com uma escada que dá para o quarto de Morgana, o quarto do Nino e a sala de música estão lá, junto com ambientes especiais para alguns personagens, como Bongô e Caipora. Mas os quadros especiais do programa também ganharam área específica, como o laboratório de Tíbio e Perônio, redomas com réplicas dos Dedinhos Indicadores e o até um espaço para o Ratinho que canta a música Banho é Bom.

Num dos ambientes foram expostas cartas que fãs mandaram à TV Cultura na época da transmissão do 'Castelo'. Foto: Hyndara Freitas

Ao pensar nessa exposição, porém, a comparação com o Castelo Rá-Tim-Bum - A Exposição realizada pelo Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo em 2014, é inevitável. As diferenças entre as duas se resumem ao tamanho - já que a do Memorial conta com 22 ambientes divididos numa área de 700 m² ante os dez ambientes no MIS - e à organização dos espaços. Para além dos objetos cenográficos que não poderiam mudar, até mesmo elementos como projeções dos personagens, as fotografias escolhidas e televisores com vídeos continuam os mesmos.

O grande trunfo da nova exposição, no entanto, é a fachada. Pela primeira vez, a parte externa do castelo foi reproduzida. A torre tem 15 metros de altura, com a bandeira no topo, janelas, porta e catavento semelhantes ao original. 

Publicidade

A semelhança tem fundamento: a empresa responsável pela cenografia é a mesma nas duas mostras. Justamente por conta disso, houve uma parceria entre os dois museus, e o Memorial usa minidocumentários produzidos pelo MIS na exposição, em que artistas e cenógrafos falam sobre a produção do Castelo. "É lógico, o Castelo é o mesmo, mas a gente tentou fazer algo a mais, regravamos muitas coisas com os artistas", explicou Jackow.

A cobra Celeste, que interage com os visitantes na exposição. Foto: Sérgio Castro/ESTADÃO

O Memorial espera, porém, ter alcançado um "nível de qualidade jamais visto no Brasil". "Nós queremos superar as expectativas dos fãs de Castelo Rá-Tim-Bum, fazer as pessoas se sentirem mesmo no programa, e também despertar a curiosidade das crianças que não assistiram", diz Irineu Ferraz, presidente do Memorial da América Latina.

Castelo Rá-Tim-Bum - A Exposição ficará aberta ao público das 9h às 20h, de terça-feira a sexta-feira, e das 9h às 22h aos sábados, domingos e feriados. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do local e também na internet, e custam R$ 10. Ao comprar os ingressos, os visitantes devem escolher o horário da visita.

Detalhes da reprodução da biblioteca do Gato Pintado na exposição 'Rá-Tim-Bum - O Castelo'. Foto: Hyndara Freitas
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.