Prova de Medicina na Itália trata homossexualidade como doença

Ministra da Educação do país afirma que considera o caso de 'gravidade sem precedentes'

PUBLICIDADE

Por Agência Ansa
Atualização:
Marcha do orgulho gay em Roma, em 2013 Foto: REUTERS/Max Rossi

BOLONHA (ANSA) - Um teste feito para estudantes de Medicina nas universidades da Itália causou polêmica por todo o país por conter uma pergunta que questiona o nível de homossexualidade nos seres humanos.   

PUBLICIDADE

Na prova para avaliar o progresso do aluno, a pergunta questiona "qual das porcentagens apresentadas nas alternativas representam a melhor estimativa do homossexualismo no homem", no contexto de um diagnóstico e solução a ser tomada contra certas doenças.   

"É de gravidade sem precedentes que esta pergunta tenha sido feita em um teste de Medicina", afirmou a ministra da Educação, Valeria Fedeli, ressaltando que espera que a questão seja eliminada e a pessoa responsável punida.   

Em sua conta no Facebook, Cathy La Torre, vice-presidente do Movimento de Identidade Transexual (MIT), afirmou indignada que o teste foi aplicado a mais de 33 mil estudantes de Medicina.   

"Queremos saber se a comunidade médica italiana ainda acredita que a homossexualidade é uma doença. Queremos saber qual é o objetivo de pedir aos futuros médicos para estimar a homossexualidade nos seres humanos? Há também a estimativa da heterossexualidade?", escreveu Marco Grimaldi, secretário piemontês da esquerda italiana.

"Exigimos uma resposta da Conferência da Faculdade de Medicina", ressaltou Grimaldi, lembrando que heterossexualidade e homossexualidade são variações "naturais" do comportamento humano. (ANSA)

VEJA TAMBÉM: Países onde o casamento homoafetivo é permitido

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.