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Intolerância digital reacende debate sobre limite na internet

Nudes, cyberbullying e discurso de ódio: estamos mais vulneráveis aos ataques digitais?

Por Gabriel Navajas
Atualização:
Pedro e Juliano, vlogueiros do Estadão, debateram a intolerância digital no Bate-Papo Lado A Lado B Foto: Hélvio Romero/Estadão

A internet encurtou distâncias, aproximou pessoas e tornou muito fácil o acesso à informação. Com ela, no entanto, surgiram alguns efeitos colaterais. Intolerância, brigas, notícias falsas, cyberbullying, haters. Por trás da tecnologia, vem também um discurso carregado de ódio contra aqueles que discordam da opinião do outro. E isso, segundo dados, tem aumentado constantemente.

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“Só a informação não basta. É preciso ajustar o comportamento. Esse é o passo que está faltando. Faltam dicas comportamentais para preparar os jovens. Pela internet,quem ofende não tem o retorno do sofrimento que está causando.

Pessoalmente,existe esse freio quando quem ofende vê a reação do outro”, explica Daniel Martins de Barros, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo e colunista do Estado. Pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil, em 2016, revelou que, de três jovens e crianças com acesso à internet, pelo menos um já havia tido conhecimento de alguém sofrera discriminação. O estudo mostra, também, que 41% dos pesquisados afirmaram já ter visto uma vítima de preconceito na internet. Desse número, 24% referem-se à cor ou raça, 16% à aparência e 13% à homossexualidade.

“Essa facilidade de comunicação da internet trouxe um comodismo em relação às interações sociais. Porém, trouxe, uma máscara para destilar discurso de ódio”, comenta a neuropsicóloga Renata Bandeira.Para a especialista, a filtragem e melhor análise das fontes é uma das saídas para diminuir as fake news.

Mas, e quando essas notícias falsas atingem uma pessoa, seja ela conhecida ou não? O desrespeito às individualidades, à particularidade e à diversidade motivam a propagação de informações distorcidas, diz a especialista. A Safernet, ONG que atua na promoção e defesa dos direitos humanos na internet no País, realizou estudo em 2016 que revela que 39 mil páginas foram denunciadas por violações de direitos humanos, com conteúdos racistas e de incitação à violência.

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