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Após roubo, mulher vende faixas de cabelo para recuperar dinheiro

Stephanie Bevilaqua teve R$ 2,5 mil de seu pagamento roubados de seu carro

Por Pedro Prata
Atualização:
As faixas que Stephanie vende já eram acessório obrigatório em seu visual Foto: Acervo pessoal de Stephanie Bevilaqua

Em vez de se deixar abater após um roubo, Stephanie Bevilaqua decidiu traçar um plano para recuperar a quantia perdida. Ela está vendendo faixas para o cabelo no carnaval de São Paulo.

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O crime aconteceu na quinta-feira, 1. Stephanie, que estuda cinema em Buenos Aires, passa as férias no Brasil. Ela trabalhou como freelancer durante o mês de janeiro e pretendia pagar o curso com os R$ 2,5 mil que recebeu.

Ela dirigia pela região central de São Paulo quando um rapaz quebrou o vidro e roubou sua bolsa, onde carregava a quantia. "No dia seguinte eu até andei pela região toda distribuindo meu telefone caso achassem a bolsa, mas não a encontrei", contou ao E+.

Voltou para casa muito triste e pronta a esquecer o ocorrido. Quando ela acordou na manhã seguinte, contudo, estava se vestindo e colocou uma faixa no cabelo, adereço que ela tem o costume de usar.

"Coloquei na cabeça e pensei: 'Gente, vou vender essas faixas'. Todo mundo sempre me pergunta onde eu as compro", contou. Ela sacou R$ 100 no banco, comprou tudo em faixas e passou a revendê-las.

"Eu estou vendendo como água. Uma moça comprou de mim no metrô e me convidou para vender no trabalho dela, as mulheres compraram um monte", disse Stephanie.

Ela criou uma página no Facebook chamada Las Vinchas (que significa faixa de cabelo em espanhol). Com a ajuda de amigos, teve ideias criativas para fotografar os produtos e montou um vídeo para contar sua história.

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Stephanie entrega os produtos no metrô e de carro. Apesar de ter certa dificuldade em contabilizar as vendas, calcula que já tenha vendido cem unidades. Seu objetivo é vender 500.

"Minhas amigas da Argentina todas já viram e querem. Quero aprender a fazer e vender lá", falou a jovem que também não deixa de ter sonhos de empreendedora. "Não seria uma má ideia comprar tecidos de diferentes países da América Latina e fazer. Ia ser lindo, tudo colorido!"

Confira algumas das faixas:

*Estagiário sob supervisão de Charlise de Morais

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