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Versatilidade e durabilidade marcam 30º Prêmio de Design MCB

Projetos de maior destaque valorizam os ambientes, especialmente na categoria Iluminação

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Por Priscila Mengue
Atualização:
Linha Do It, da Lumini,ficou em primeiro lugar na categoria Iluminação do 30º Prêmio Design MCB Foto: Reinaldo Cóser/Divulgação

Cinquenta projetos serão agraciados com o tradicional Prêmio Design Museu da Casa Brasileira (MCB), que este ano completa 30 anos. Como traço predominante entre os selecionados, a diversidade surge como principal referencial. “Tivemos uma oferta bem variada de produtos, o que é bom, porque o mercado está cheio de nichos”, afirma o coordenador da comissão avaliadora, Marcelo Oliveira, designer professor na Universidade Mackenzie

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Dentre os trabalhos apresentados, Oliveira ressalta a grande presença de projetos desenvolvidos por meio de tecnologias digitais de fabricação, como impressão de tecidos e protótipos obtidos por máquinas 3D. “Esses meios estão chegando e impactando. Não são mais exclusivos de experimentação. Já existe, inclusive, um tipo de malha que é automaticamente fabricada trançada”.

Segundo o coordenador, outra inspiração dos projetos de 2016 foi a valorização do espaço disponível, seja o urbano, seja o de trabalho, seja o residencial. Dentro desse enfoque, ele cita a série Do It, umas das duas primeiras colocadas na categoria Iluminação, que consiste em uma única luminária, que pode ter a função e a aparência modificadas a depender do desejo e das necessidades de seu usuário. “Hoje se enxerga muitas possibilidades em uma mesma peça. Esse é um exemplo disso: é um objeto versátil, fácil de manipular e tem múltiplas funções”, explica.

A Do It é uma luminária de alumínio com 12 componentes distintos, que podem variar com o uso (pode ser fixada indistintamente no teto, no chão, na mesa ou na parede), na cor do fio (vermelho ou prata) e no tipo de cúpula empregada (cilíndrica ou cônica). Normalmente é vendida com uma combinação específica, mas também será possível adquirir kits com peças avulsas para personalizá-la.

A criação é de Fernando Prado, designer da Lumini, que, por meio do projeto, pretendeu dar um protagonismo maior ao consumidor e ampliar a vida útil da luminária, uma vez que, de acordo com sua modalidade de uso, ela pode assumir diferentes configurações. Como ele explica, como a peça tem múltiplas possibilidades, ela pode se adaptar tanto a mudanças temporárias quanto definitivas.

“Parti da ideia de criar um único produto que pudesse ser utilizado para iluminar a casa inteira, seja qual fosse o ambiente, ela nunca é a mesma. Tempos depois de comprar, a pessoa pode modificar o objeto, bastando comprar um fio ou uma cúpula de cor diferente. Isso já é capaz de transformá-lo por completo."

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