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União perfeita

SPFW promove o casamento da moda com a decoração no prédio da Bienal

Por Olivia Fraga
Atualização:

A casa SPFW, criação dos estúdios Tryptique e Risco, é o lounge principal do evento. Foto: Divulgação Eleita como vitrine de tendências e casa de apostas do que vingará na próxima estação, a São Paulo Fashion Week deve atrair, de hoje até sexta-feira, as atenções dos fashionistas e/ou designers no prédio da Bienal. Todo mundo está de olho nela. E o visitante se surpreenderá também longe das passarelas, quer passeie pelo lounge principal do evento, assinado pelo quarteto Tryptique e pelo coletivo Risco, quer dê uma espiada na área dos patrocinadores. Na memória coletiva, o tema "brasilidade", que deve dominar as coleções, está ligado à imagem de Carmen Miranda, explorada na estamparia dos azulejos portugueses da Casa SPFW, o lounge oficial. "É impossível falar de brasilidade sem falar na tradição dos azulejos", afirma Humberto Pio, do Risco. Aliás, falar em "Casa SPFW" deixa evidente a paquera entre moda e decoração, nunca negada pelas partes, diga-se. O azul e o branco do revestimento, aplicados em três paredes e no piso, quase transformam a SPFW numa casa colonial. Vestem a lateral do salão samambaias instaladas no que Humberto chamou de "metro quadrado de natureza", painéis de compensado que emprestam um pouco do verde do Ibirapuera ao espaço dos desfiles. Lugar para bater papo não vai faltar - são 350 m² de um salão com sofás e poltronas, o bar, uma loja de mimos para casa e moda (Pop-Up), área de discotecagem e um reservado para massagens. Ao lado da "brasilidade", ícones do design internacional, como as cadeiras Barcelona e Brno, de Mies van der Rohe. Será isso, uma mistura de Brasil e mundo, o que se verá nos demais lounges da Fashion Week. Cenógrafo e arquiteto, Gringo Cardia usa os materiais "mais comuns possíveis", como madeira, ferro, vidro e gesso, à lembrança do modernismo brasileiro, no lounge da Natura, com balcões em curva e figuras geométricas. O boteco fashion criado por Ronaldo Fraga para o lounge do Banco do Brasil vai concentrar o burburinho depois d4os desfiles. Os grafismos multicoloridos do lounge da Melissa, com cenografia do queridinho da moda Pier Balestrieri, buscaram na África da tribo Ndebele o maximalismo que, aposta ele, fará a cabeça - e vestirá o corpo - das beldades das passarelas. Hão de impressionar os "animais esculpidos em tamanho natural saindo pelas paredes e uma paisagem africana em movimento contínuo", conta Pier.

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