Uma floricultura diferente

Conheça os vasos e arranjos nada convencionais, mas cheios de bossa, criados pelo FLO atelier botânico

PUBLICIDADE

Por Marcelo Lima
Atualização:
Arranjos criados tendo como suporte vasos de chapa de zinco Foto: FLO atelier botânico

Tudo começou com um terrário feito à mão por Antonio Jotta há 5 anos. Traçando a ponte entre o mundo da jardinagem e o do design, a ele veio se juntar o olhar de Carol Nóbrega. Nascia assim o FLO atelier botânico: um estúdio de criação voltado para a produção de vasos e arranjos únicos, não produzidos em massa, nem tampouco baseados em fórmulas convencionais. “Nossa inspiração vem de cenários que visitamos, de antigos livros de ilustrações. Mas, antes de tudo, do movimento natural das plantas”, explica Carol, nesta entrevista exclusiva ao Casa, ao lado do marido e sócio.

O que particulariza os vasos do FLO? Carol Nóbrega: Nosso objetivo é trazer a natureza para dentro da casa. Temos arranjos de flores de corte e também plantados. Além do grande leque, creio que o que mais caracteriza nossa estética é nosso olhar sobre as curiosidades da natureza. Procuramos respeitar a individualidade de cada espécie, de forma que nenhum arranjo é idêntico a outro. Antes de produzir, dedicamos grande parte do nosso tempo à criação. Definir antes cores e texturas, por exemplo, é um item fundamental. 

O casal Carol Nóbrega e Antonio Jotta, designers e proprietários da FLO Foto: FLO atelier botânico
Terráreo criado pelo FLO atelier botânico Foto: FLO atelier botânico

PUBLICIDADE

Com quais flores e de que forma trabalham? Antonio Jotta: Nossa intenção é desenvolver arranjos florais que gerem impacto, produzam suspiros. Procuramos evitar a todo custo o aspecto artificial e, por isso, optamos por desconstruir o arranjo tradicional. Como o mercado se concentra em flores que oferecem o menor custo e a mais longa durabilidade, inúmeras espécies acabam sendo ignoradas. Aqui no ateliê, começamos trabalhando com flores diferentes, que nunca havíamos visto. Só depois de alguns anos fazendo isso, passamos a trabalhar com as mais conhecidas, mas com outro olhar. 

Como compatibilizar plantas e vasos? O que deve ser observado na hora de compor um arranjo?  CN: É essencial não se limitar a regras, nem levar tão a sério o que já foi escrito sobre como montar um arranjo. É importante trabalhar com ingredientes frescos, de boa qualidade, mas também com itens menos convencionais. Depois, use sua bagagem estética e privilegie o que combina com você, com seu estilo de vida. Nós misturamos rosas de jardim e flores silvestres. Capins com frutas e com tudo que de curioso houver. O resultado surpreende.

Amistura de flores nobres e silvestres é marca registrada dos trabalhos do FLO Foto: FLO atelier botânico
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.