Resina é opção para eliminar rejuntes e facilitar a limpeza da casa

Com aspecto brilhante e uniforme, os pisos monolíticos têm conquistado a preferência de arquitetos e clientes na hora de projetar a residência

PUBLICIDADE

Foto do author João Abel
Por João Abel
Atualização:
Piso de resina reproduz desenho artístico em apartamento no bairro dosJardins Foto: Zeca Wittner/Estadão

Limpar o chão de casa não é tarefa das mais simples, e pisos com rejunte geralmente acumulam sujeira nas emendas. Por essa e por outras razões, o piso de resina epóxi tem conquistado a preferência tanto de arquitetos, quanto de seus clientes. 

PUBLICIDADE

A técnica – que ficou conhecida popularmente como ‘porcelanato líquido’ – consiste em aplicar uma camada de resina autonivelante, fazendo com que o pavimento se torne uma superfície totalmente uniforme. “Sem o rejunte, a limpeza do ambiente fica bem mais fácil de ser realizada. Além disso, não há possibilidade de infiltração de água no local ou qualquer tipo de descolamento da cerâmica”, explica Adriana Massoni, gerente operacional da Hardyfloor, empresa especializada nesse tipo de serviço.

A aplicação da camada de resina é o último estágio da obra e geralmente dura entre dois e três dias, de acordo com o tamanho da área a ser recoberta. O ideal é que ela seja sobreposta diretamente no contrapiso, mas também é possível cobrir pavimentos de cerâmica ou cimento. Para espaços residenciais, são necessários até três milímetros do material e a secagem demora aproximadamente 24 horas. Se necessário, ao fim, uma camada extra de verniz pode ser aplicada para ressaltar o aspecto brilhante do produto.

Com custo médio entre R$ 120 a R$ 250 por m², segundo os especialistas, o material só é contraindicado para pisos elevados, isto é, com bases de sustentação. “Também não é recomendado aplicá-lo em banheiros, já que ele não é antiderrapante”, acrescenta Adriana.

Segundo o proprietário da Piso Design, Juca Araújo, a resina epóxi pode ser adquirida em qualquer tonalidade de cor. “A característica do ‘porcelanato líquido’ é o aspecto vítreo, parecendo um espelho. Nenhum outro produto fica com esse acabamento”, diz o empresário. Além disso, é possível compor o piso de forma artística, realizando desenhos ou imprimindo traços, pigmentos e até estampas sob a camada. “Trabalhamos com artistas específicos para atender a nossos clientes”, explica.

Humberto Pio, arquiteto do Estúdio Risco, já coordenou quatro projetos com pisos monolíticos e vê muitas vantagens no material. “A ausência de rejuntes é um elemento estético muito interessante”, afirma. “No entanto, este tipo de piso não é indicado para qualquer perfil de cliente, porque arranha com mais facilidade e exige um cuidado maior”, pondera.

Apesar de atraente do ponto de vista estético e funcional, Pio acredita que a técnica não deve interessar tanto a clientes que pretendam recobrir pequenas áreas. “É necessário mão de obra qualificada e ela, além de mais cara, nem sempre está disponível para aplicação.”

Publicidade

Projeto do Estúdio Risco utilizou piso de resina vermelho Foto: Marcelo Dacosta

* Estagiário sob supervisão do editor de suplementos Daniel Fernandes

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.