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Reforma derruba paredes para criar sensação de liberdade e leveza em SP

No projeto do designer de interiores Leo Di Caprio, a área social ocupa mais da metade do apartamento de 200 metros quadrados

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Por Redação
Atualização:
As janelas do living não têm barreiras, além das finas cortinas, que garantem privacidade ao morador sem impedir a entrada de luz Foto: Marco Antonio/Divulgação

Atualizado às 17h11 de 24/8 para atualização de informação.

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Em um prédio dos anos 60 na região dos Jardins, em São Paulo, este apartamento de 200 m² passou por uma transformação completa para ser o porto seguro de um morador que tem uma rotina puxada de trabalho. “A vida em São Paulo é intensa, rápida, cheia de informações, agressiva; a casa tem de ser o contrário disso, tem de ser um lugar de acolhimento, de emocionar quem entra nela”, acredita o designer de interiores Leo Di Caprio, responsável pela obra.

Na área social, que ocupa 110 m², todas as paredes foram derrubadas e os ambientes não têm nenhuma separação. A prioridade era garantir ao proprietário constante sensação de liberdade. “Aqui tudo é amplo. Até as poucas portas que sobraram têm medida especial: 1 m de largura.” Normalmente, os batentes têm entre 70 (no banheiro) e 90 cm (na entrada).

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Cortinas leves, que dão privacidade sem barrar a entrada de luz, ajudam a criar o clima acolhedor buscado pelo designer de interiores, que se dedica a estudar a evolução do modo de morar. “A casa é nossa referência básica. Para alcançar o bem-estar que ela deve proporcionar, é preciso conhecer muito bem a vida de quem vai morar nela, porque o que importa para um pode não ter valor para outro.”

Foi assim que os hábitos do morador ditaram o modo como foi feita a separação dos ambientes. “Para facilitar o dia a dia de quem tem pouco tempo livre, tudo tem de estar próximo e funcionar bem.” Sabendo do valor que a coleção de CDs tem para o morador – “a primeira coisa que ele faz ao acordar é ligar o som” –, Di Caprio projetou uma sala de música que se destaca do restante do living por estar em uma caixa forrada de madeira – peroba-mica, a mesma usada em todo o piso do apartamento. Ali, estantes e nichos acomodam os muitos CDs, o aparelho de som e as bebidas de um bar visto do hall de entrada, pintado de preto, contrastando com a brancura predominante. 

Na cozinha, a ilha tem, além de cooktop e cuba, uma bancada para o café da manhã e espaço para acomodar bebidas em dias de festa. O néon no teto delimita esses diferentes usos com leveza e um toque de urbanidade. Referência buscada pelo designer de interiores também em alguns móveis, como na poltrona de metal dos irmãos Campana, da recém-lançada coleção Estrela.

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Um sofá feito sob medida atravessa quase toda a sala, com assentos dos dois lados. Escolhido com o proprietário, o mobiliário tem peças de design como a poltrona Smoke, do alemão Maarten Baas, e a banqueta de gnomo do francês Philippe Starck. O próprio Di Caprio desenhou a mesa de jantar levíssima. “É uma chapa de alumínio de 6 mm de espessura com os pés cortados e dobrados.” 

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Perto dela, uma cadeira de boi chinesa de madeira maciça, comprada em antiquário, ganhou nova personalidade. “Na outra casa, a peça tinha um aspecto mais pop, pintada de laranja. Aqui, toda branca, ela está mais discreta, é quase uma continuação da parede.”

Dos três quartos originais do apartamento, só um é usado como dormitório. Outro foi transformado em sala de TV e escritório e o terceiro foi incorporado pelos demais ambientes durante a reforma. A área de serviço também perdeu metragem para o banheiro principal, que agora tem um jardim com folhagens tropicais. É verdade que as plantas pedem manutenção constante, mas o trabalho é compensado pelo resultado: ali é mesmo um lugar para esquecer da correria de São Paulo. /Marina Pauliquevis

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