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Obra em movimento

Manter o visual da casa sempre atualizado é mais fácil do que parece. Tudo depende da escolha dos móveis e acessório

Por Marcelo Lima
Atualização:
Hall com o antigo aparador de acrílico da sala de jantar que virou bar Foto: Julio Colodeti

Nada é muito fixo na vida do cosmopolita morador deste apartamento de três dormitórios e 100 m², localizado no Leme, zona sul do Rio de Janeiro. Com a decoração de suas casas também nunca foi diferente. Por gosto e necessidade, tão itinerante quanto ele. “A ideia de viver de um jeito meio nômade sempre agradou a nosso cliente, um executivo apaixonado pelo Rio de Janeiro e que já viveu em Paris e Nova York. Ele migra, volta, sempre carregando consigo os móveis, obras de arte e objetos que vai acumulando ao longo da vida”, conta Aldi Flosi, consultor de estilo do escritório Yamagata Arquitetura que assinou a última reforma pela qual passou o imóvel e que consumiu exatos seis meses. “O desejo inicial dele era apenas modernizar o banheiro e reformar a cozinha para que ela passasse a integrar o desenho da sala. Ele adora cozinhar e não perde uma oportunidade de receber os amigos para um drinque”, lembra a arquiteta Paola Yamagata, parceira de Flosi e do designer de interiores no projeto de interiores. 

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Até que, logo após a primeira visita ao imóvel outras demandas foram identificadas. “Ficamos surpreendidos com a riqueza do acervo reunido por ele e de imediato consideramos realocar as peças nos ambientes, para valorizar ao máximo cada uma delas”, conta Rangel. 

Assim, concluída a fase de reforma que integrou por completo a cozinha às salas de jantar, estar e TV (a área dos dormitórios foi preservada), teve início o cuidadoso trabalho de redistribuição dos móveis e objetos. 

“Já contávamos com o aval do morador no sentido de trabalhar com muitas peças soltas como mesa de jantar, poltronas, aparador, escrivaninha. Fizemos uma marcenaria apenas pontual para atender a necessidades específicas como acomodar equipamentos na sala de TV e produtos de consumo imediato, na cozinha e na lavanderia”, explica Yamagata.

Dessa forma, a equipe resolveu “subverter” o uso de algumas peças e transferir algumas para outros ambientes. Tendo como objetivo otimizar a circulação e a organização doméstica, mas, também, atualizar o visual da casa. 

Nesse sentido, objetos de arte e design desempenharam papel chave. “Reorganizamos a coleção, trocamos peças de paredes, refizemos as molduras e sugerimos novas composições para conjuntos de telas, pratos, esculturas e elementos de arte plumária”, conta a arquiteta.

Como, segundo os arquitetos, grande parte dos móveis podem ser considerados ‘coringa’, não foi difícil utilizá-los em outros contextos, sem comprometer seus usos ou funções.

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A escrivaninha antiga de ferro, por exemplo, migrou da sala para o quarto do proprietário. O lustre do hall foi parar diretamente no quarto de hóspedes e os móveis da sala foram rearranjados. Mas nada indica que por lá permanecerão por muito tempo. “Uma casa como essa não fica só mais interessante, mais humanizada. Ela se torna um registro preciso do momento de vida de cada morador”, conclui Flosi.

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