Minha primeira luminária

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Por Natalia Mazzoni
Atualização:

A estética simples da série de luminárias Painéis, de Ana Neute e Rafael Chvaicer, é tema de oficina ministrada pela dupla em parceria com Bruno Lima, um dos fundadores do laboratório de marcenaria Lab 74. Em quatro aulas, em um galpão no Sesc Pompeia, cada um dos 12 alunos – entre eles, eu – construiu sua luminária. 

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A dupla deixa claro o encantamento por materiais e processos de criação. “A matéria-prima pode trazer a linguagem da peça e não o contrário”, diz Ana. Rafael é detalhista, me mostra a importância do desenho em escala. A turma, na maioria saídos de cursos de design e arquitetura, faz os esboços com facilidade. Kamila Vasques desenha uma mesa de luz, para seu trabalho como restauradora de papéis. Rizia Carneiro, estudante de design, pensa em fazer uma luminária de mesa para ser usada em diferentes posições. Sem ideia do que desenhar, fico com medo de ser a única a não concluir o projeto. 

O primeiro passo é aprender a fazer os circuitos elétricos. Ninguém esconde a euforia quando a luz acende – a minha acendeu, ufa. Nas aulas seguintes, Lima mostra como usar ferramentas básicas de marcenaria, fazendo tudo parecer fácil. Meus primeiros cortes ficam completamente tortos, ao contrário dos colegas, que mostram desenvoltura com a serra tico-tico.

O que vem depois é um processo de trocar ideias e ajustar o projeto aos pedaços de pinho disponíveis para que o mínimo de material seja desperdiçado. Meu projeto tropeça em empecilhos práticos que só percebo com a ajuda dos professores. Mas, sim, todas as luzes se acenderam e minha luminária já está na parede de casa.

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