PUBLICIDADE

Livre para tricotar

Regina Misk cria - e recria - móveis valorizando técnicas artesanais

Por Natalia Mazzoni
Atualização:
Banco da primeira coleção autoral com detalhe de alinhavo Foto: Divulgação

A estilista mineira Regina Misk trouxe da moda as referências de que precisava para tricotar seu trabalho com móveis. Tendo como intenção misturar o moderno e o artesanal, Regina procurou o design de mobiliário para fazer algo mais autoral, livre de tendências e feito para durar. “Consigo experimentar muito mais, como nos bancos que fiz inteiros de bolinhas. Uma roupa feita assim serviria apenas para uma foto, um desfile. Mas esse banco pode estar na casa de uma pessoa por anos, é algo feito para ser de verdade”, diz Regina. Seu trabalho começou dando nova roupagem a cadeiras antigas, garimpadas em antiquários, com inspiração nas décadas de 1950 e 1960. “Uso o crochê e outras técnicas artesanais para transformar essas peças antigas, a partir de cadarços feitos com fio de algodão. É algo que trago do meu trabalho com moda, mas feito de uma maneira mais intuitiva”, explica Regina. Em sua última coleção, desenvolveu a partir do zero uma série de bancos com detalhes de alinhavo aparente na madeira, o que reforça seu intuito de valorizar o que é feito à mão. “Nenhum banco é igual, o cliente vê um cadarço de cor diferente e quer incluir, muda completamente o resultado e isso é muito bem-vindo.”

Para realizar o trabalho, exposto este ano na feira de design Paralela Móvel, Regina conta com um grupo de artesãs de Belo Horizonte, que trabalham com ela há 20 anos. “Nesse momento estou pesquisando novas fibras e texturas, pensando em algo apropriado para áreas externas. Talvez seja um próximo passo.”

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.