Estilo vitoriano renovado

Apartamento de 1830 em Nova York passa por reforma e ganha estilo "moderno acolhedor", sem perder itens originais

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Por Elaine Louie
Atualização:
No living, sofá-cama de madeira de demolição cercado por plantas Foto: Laura Moss/The New York Times

Quando James Ramsey e Jennifer Blumin adquiriram em Tribeca, em Nova York, um loft em um edifício de 1830, estavam determinados a manter os detalhes originais: a janela, os tetos de zinco, as paredes de tijolinhos. “Você se sente no século 19 aqui, imagina a rua com lampiões a gás”, disse Ramsey, sócio do estúdio de design Raad.

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Ele e a mulher, fundadora da Skylight, empresa que adapta espaços históricos para serem reutilizados, introduziram no imóvel elementos modernistas cuidadosamente selecionados: paredes brancas, pisos de carvalho e aparelhos de inox na cozinha. Jennifer qualifica o estilo como “modernismo acolhedor”. 

Ela e Ramsey, ambos de 37 anos, compraram o apartamento de 186 m², em 2013, por US$ 1,8 milhão (R$ 5,2 milhões) e gastaram US$ 700 mil (R$ 2 milhões) na reforma, com projeto dele. Agora, o visitante, ao sair do elevador, é saudado por filtros de luz que passam pela janela antiga e um bosque urbano de filodendros, palmeiras e antúrios tão altos quando o pé-direito de 3,6 metros, um sofá-cama de teca cheio de travesseiros e uma pele de carneiro com manchas pretas jogada em um sofá. 

Além da lareira está a biblioteca e um armário baixo de nogueira entalhada, desenhado por Ramsey e que lembra um aparelho estereofônico vintage, peça que ele recriou para vários clientes. A cozinha e a sala de jantar estão no centro do loft, uma área que com frequência é escura nos edifícios do século 19 porque as janelas ficam na frente e atrás do imóvel. Ramsey aproveitou o vão de 2,4 metros entre o seu edifício e o vizinho e abriu três janelas: uma para iluminar o jantar, a segunda para levar luz para o quarto de hóspedes e uma terceira no quarto das crianças – de 8 meses e de 2 anos. 

Os aparelhos de cozinha Miele foram herdados de amigos. “É impressionante o que as pessoas jogam fora”, disse Ramsey. Quem visita o imóvel não deixa de notar um outro elemento de design que complementa todos os detalhes do século 19 – “um toque de história natural”, como disse Jennifer. “Adoramos animais extravagantes”, disse ela. 

De fato, há animais por todos os lados. Um esqueleto de gesso de baleia beluga está suspenso em cima da mesa de jantar. Fotos de lulas gigantes decoram um banheiro. Uma máscara de peixe foi colocada na parede do quarto de hóspedes e a de uma morsa, no quarto das crianças. E no pé da cama do quarto do casal há outra pele de carneiro. “É o substituto do cachorro, do pastor inglês que não temos”, diz Ramsey. “Jennifer queria um, mas sei que eu é que teria de sair para passear com ele.” 

/ Tradução de Terezinha Martino

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