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Designers criam plataforma colaborativa para expor trabalho autoral

Amélia Tarozzo, Camila Fix, Flávia Pagotti Silva e Rejane Carvalho Leite lançaram projeto na High Design

Por Marcelo Lima
Atualização:

N o início de 2016, as designers Amélia Tarozzo, Camila Fix, Flávia Pagotti Silva e Rejane Carvalho Leite se cruzaram, meio que por acaso, em São Paulo. Do encontro surgiu a vontade de somar experiências e propor novas formas de abordar a indústria, com maior liberdade e autonomia. Nascia assim, o coletivo Plataforma 4, que fez sua estreia nacional na última edição da feira High Design, em 2016, na capital paulista. “Criamos uma plataforma de colaboração em que cada uma de nós aplica suas habilidades específicas no processo de criação de nossos produtos. Por meio das plataformas digitais, trabalhamos a distância, unindo Madrid, Porto Alegre e São Paulo”, conta Amélia, uma espécie de porta-voz informal das designers que, nesta entrevista ao Casa, comenta a trajetória do grupo.

Da esquerda para a direita, as integrantes da Plataforma 4: Rejane Carvalho Leite, Flávia Pagotti Silva, Camila Fix e Amélia Tarozzo Foto: Plataforma 4

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Como atua o Plataforma 4?

A linha Ciranda, para a Pavani Mobília, foi nosso primeiro projeto conjunto. A coleção parte de um elemento primordial – a madeira, que é combinada em vários formatos e dimensões. Assim, o conjunto assume diferentes configurações, multiplicando suas possibilidades de uso. Essa linha expressa bem o conceito de nosso trabalho, onde cada designer contribui para o processo como um todo. Queremos lançar um olhar feminino sobre o mobiliário, dotando nossas peças de um conteúdo delicado, atraente, com formas suaves e sutis.

Como as habilidades de cada uma de vocês se somam na criação dos produtos?

Foi uma grata surpresa descobrir, ao longo deste trabalho, que somos bastante complementares. Naturalmente, a expertise de cada uma foi aflorando, mas, para nossa satisfação, não houve sobreposição, de modo que pudemos explorar as habilidades de cada uma da melhor forma possível. Percebemos que, conectadas, somos muito mais fortes do que sozinhas, pois uma complementa a habilidade que falta na outra. Ainda assim, nós todas participamos de todas as etapas da criação.

O trabalho do coletivo parece estar muito atrelado à indústria. O que vocês já aprenderam no contato direto com o chão de fábrica?

Sim. Todas nós temos procurado ampliar nosso raio de atuação na indústria, participando amplamente de todas as etapas de desenvolvimento dos produtos – da criação, passando pelo acompanhamento de protótipos à imagem no mercado. Houve uma aproximação profunda entre nós, com visitas constantes e comunicação online. Acreditamos que este estreitamento das relações – alinhando o chão de fábrica com a criatividade de nós, designers –, além de criar vínculo e afinidade, fez toda a diferença na qualidade do produto final.

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