Cozinhas com ares de estar na Casa Cor 2017

Sem distinção, é total a continuidade visual entre os ambientes

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Por Natalia Mazzoni
Atualização:

É preciso observar com cuidado para perceber que no espaço montado por Michel Safatle na Casa Cor existe mesmo uma cozinha. E não só por se tratar de um espaço pequeno, onde as dimensões foram reduzidas para funcionarem em uma casa pequena de verdade. A cozinha acomodada junto à sala de estar se camufla quase que por completo. A composição de dois quadros montada na parede parece se repetir quando olhamos os dois nichos que acomodam tigelas e outros utensílios.

Bem abaixo, o que parece se tratar de outros utilitários, são objetos esféricos de design assinado. “A integração fica mais interessante quando não se trata apenas de juntar ambientes, mas também de romper as barreiras de revestimentos e decoração fazendo de tudo, de fato, uma coisa só”, observa Safatle.

Cozinha da Casa Cosmos, de Michel Safatle. Foto: Zeca Wittner/Estadão

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A continuidade de estilos entre a cozinha e o resto da casa aparece também no projeto assinado por Denise Barreto, que para a Casa Cor deste ano apostou em uma solução acolhedora, baseada em tons de madeira, pedra e argila. 

“Tudo foi pensado para criar um ambiente que abraça e convida o morador a usar a cozinha, receber convidados, habitar realmente esse espaço. Apesar de existir uma preocupação grande com o visual, tudo foi feito pensado para, em uma casa real, para ser realmente usado”, explica a arquiteta.

O ar de sala de estar também se faz presente no espaço de estilo industrial proposto por Leo Shehtman. O preto está em tudo, inclusive no armário que apoia as louças, um móvel que ocupa grande parte da cozinha e pouco se parece com planejados convencionais. 

Segundo Shehtman, o ponto alto do projeto que contempla um living inteiro fica por conta do contraste entre luz e sombra, claro e escuro. E tudo foi feito para que a transição entre a sala de estar e a cozinha aconteça de forma natural, sem barreiras físicas ou sensoriais.

Já na cozinha de Patrícia Pasquini, o destaque do projeto fica por conta de uma mesa de madeira roxinho, com nada menos que 4 metros de comprimento. Ao redor do qual uma área considerável foi reservada para a circulação. “Ter uma decoração acolhedora é um convite para ficar na cozinha, seja comendo, ou simplesmente participando da preparação dos alimentos. Tem muito espaço para sentar, muito espaço para andar, é para que todos permaneçam confortável e juntos na cozinha.”

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