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As dicas de quem conhece

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Por Redação
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Desde moleque, como ele mesmo diz, o arquiteto René Fernandes Filho é fascinado por pratos. "Na casa dos meus amigos, via coleções de capotar", lembra o profissional, que iniciou, há cerca de cinco anos, sua própria coleção. "É um pouco de Companhia das Índias, um pouco de contemporâneos", descreve. René, que já participou do leilão de pratos do Museu Lasar Segall, acha que não é necessário ter um grande número de peças para criar um efeito bonito. "A pessoa pode misturá-las com obras de arte, por exemplo. No meu escritório, tenho dois pratos em preto e branco junto a alguns desenhos nas mesmas cores, sobre uma parede escura."Segundo o arquiteto, vale tudo na hora de criar uma composição: pode ser até um único prato instalado sobre uma porta. "Só não dá para fazer um conjunto com pratos comuns. Eles têm de ter charme, personalidade", opina. E dá mais algumas dicas: "Criar uma coleção com um tema comum garante harmonia visual, e as peças não precisam se limitar à sala de jantar ou à copa. Elas podem ser colocadas na sala, hall e corredores".O antiquário Eduardo Brunaro concorda com a sugestão de René. "Podem ser pratos com frutas, pássaros, peixes, flores ou imagens históricas. Mais do que o valor comercial de uma peça, no entanto, é seu significado emocional, se fez parte de uma viagem ou foi presente de uma pessoa querida."Segundo o especialista, um prato da Companhia das Índias, do século 18, custa em média R$ 1.200. Já um modelo borrão está na faixa dos R$ 600. "O borrão é mais caro que a louça tradicional do mesmo conjunto", explica. Além das lojas de decoração, peças podem ser encontrados em leilões, brechós, família vende tudo e feiras de antiguidades, onde são vendidos também ganchos próprios para instalar os pratos nas paredes.

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