Antes do anoitecer

Na cobertura paulistana, ambiente ao ar livre convida a esquecer a agitação da cidade

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Por BETO ABOLAFIO
Atualização:

Quando chega em casa ao entardecer dos dias quentes, o paranaense Aloizio Ribeiro Lima costuma se dirigir para o segundo piso do dúplex onde vive há um ano e meio, em São Paulo. Lá está o escritório do advogado de 41 anos, mas também um lugar restaurador: o terraço de 50 m2, com boa porção de verde, perfeito para ficar depois de enfrentar o caos da cidade e a labuta. "Aqui, por exemplo, gosto de ler e beber uma cerveja", conta. Que trabalho, que nada.

 

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Nos fins de semana, então, o dono do pedaço logo chama os amigos que vão visitá-lo para desfrutar o bom astral do espaço. É comum vê-lo preparar, para a turma, carnes saborosas na churrasqueira – de que fez questão, diga-se. Dá para tomar um pouco de sol e, se faz um calorão daqueles, quem quer se refrescar pode usar a providencial ducha.

 

Por essas e outras, a existência desse local, além de outros aspectos, foi importante para o homem decidir comprar o imóvel de 210 m2. O endereço anterior, menor que o atual, tinha apenas uma varandinha. "Sentia falta de estar ao ar livre porque fui criado em uma casa", lembra. Aloizio reconhece o privilégio de contar com uma área assim, ainda que se veja, dali, somente a verticalidade típica do bairro de Higienópolis. "Mas, como os prédios vizinhos são recuados, a privacidade é maior."

 

Chamados para reformar e decorar o apê, o arquiteto Antonio Ferreira Junior e o engenheiro Mario Celso Bernardes privilegiaram, por quase toda a parte, a presença de peças vintage. É o caso da poltrona Costela, criação do argentino Martin Eisler, que era de uma tia do proprietário e agora faz bonito no escritório.

 

Para o terraço, a dupla escolheu um estilo bem rústico. O piso é de tábuas de tauari e os móveis, de teka, comprados em uma rede de pronta-entrega. "Não é preciso gastar muito para criar um ambiente como esse", opina Junior. Nesta reportagem, o profissional quebrou a neutralidade dos tons de madeira com almofadas e futons coloridos, de levada étnica.

 

Já o paisagismo caseiro revela tanto bambusas quanto uma frondosa jabuticabeira. Mas, afinal, as frutinhas são saborosas? "Mal dá para saber porque um bando de maritacas se encarrega delas", diverte-se o morador.

 

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