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Agulhas em alta

Por Natalia Mazzoni
Atualização:
Pufe revestido com o Craft de acrílico Foto: Divulgação

Capas para almofadas, um tapete felpudo para pisar, uma manta no sofá. Chegado o inverno, quem sabe manusear agulhas, procura um bom novelo de lã para esquentar a casa. Para quem não sabe, a Novelaria, um espaço que mais parece uma sala de estar da vovó, dá uma mãozinha para os interessados em começar a praticar técnicas de tear, tricô e crochê. 

A ideia de criar a loja e escola veio depois que Lica Isak sentiu vontade de resgatar o gosto que tinha desde a infância de costurar e tricotar. “Naquela época, as lãs que o mercado oferecia não tinham tanta qualidade e variedade. Anos depois, em uma viagem para Los Angeles, conheci uma infinidade de lãs de todas as cores e de toques muito mais suaves. Senti que era o momento de abrir um negócio para reunir pessoas que gostam desse universo”, diz. 

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Na Vila Madalena, a Novelaria abriga uma prateleira lotada de novelos coloridos e também algumas peças prontas disponíveis para compra. Mas o maior movimento do lugar acontece nos sofás espalhados pelo espaço. Com agulhas nas mãos e novelos no colo, alunos trocam ideias e tomam chás preparados no Kinit Café, que funciona ali mesmo, enquanto fazem aulas de duas ou três horas, individuais ou em grupo. “É um ambiente feito para promover o encontro. Mesmo quem tem aula particular troca ideia com outros alunos ou professores, já que todo mundo fica no mesmo espaço. Temos professoras que são mestres na técnica, outras trazem um olhar moderno para o que é produzido. O que mais nos interessa é resgatar essa prática com uma nova abordagem”, comenta. 

Aluna da Novelaria há três anos, Eliane Sarcinelli faz três aulas por semana. A produção acompanha as estações do ano. “Para o inverno já fiz muitas mantas e tapetes de crochê para casa”, conta. Aliás, alunos com esse interesse específico estão sempre por lá. “Cada vez mais recebemos jovens interessados em produzir peças para decorar a casa. As ideias vão de pequenos acessórios, como capas para almofadas, até projetos que incluem revestir móveis com fios mais leves, feitos de sobras da indústria têxtil”, explica Lica. 

De olho nessa ideia, a Pingouin acaba de lançar o fio Craft, idealizado especialmente para decoração. Com espessura encorpada, feito de algodão e acrílico, ele foi feito para cair bem quando usado para revestir móveis. “O hand made é uma tendência em todo o mundo. E reflete a vontade de criar peças únicas, que possam traduzir nosso olhar sobre o mundo”, diz Irit Czerny, 

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