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Por que as lesões dos jogadores curam mais rápido?

Tratamento intensivo, com equipamentos de ponta e maior conhecimento científico garantem a volta 'acelerada' aos gramados

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Por Redação
Atualização:
Cristiano Ronaldo chegou a ser dúvida na escalação da Seleção Portuguesa, mas se recuperou a tempo Foto: Paulo Duarte/AP

Jogadores de futebol quando lesionados voltam aos gramados em um intervalo de tempo 50% mais rápido do que a maior parte das pessoas. Quem explica esse fenômeno é o fisiologista Turibio Leite de Barros. "Se deve, principalmente, a uma grande evolução na ciência da reabilitação - que compreende todo um entendimento a respeito do tratamento acelerado das lesões, devido ao conhecimento cientifico mais apurado e maior tecnologia dos equipamentos", revela.

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Em entrevista ao programa Rota Saudável, da Rádio Estadão, o fisiologista explica que uma lesão que levaria em média de dois a três meses para ser tratada normalmente, no caso de um atleta o retorno à atividade acontece num espaço muito mais curto de tempo. Tudo isso devido aos tratamentos de ponta a que esses jogadores têm acesso.

Uma fisioterapia comum - que consiste em sessões de 30 a 40 minutos por dia, realizada uma ou duas vezes por semana - não tem espaço nesse universo da bola. "Hoje o foco é um tratamento intensivo, de duas a três vezes no mesmo dia", explica Barros. "Isso acontece visando uma reabilitação mais rápida e com equipamentos (laser de alta potência, ultra som, ondas curtas, magnetoterapia) que aceleram sobremaneira a cicatrização das lesões e a restauração dos tecidos", diz.

De acordo com o especialista, as lesões mais comuns no futebol são as mesmas de quem faz atividade física de maneira recreativa. A mais comum delas é a lesão muscular - uma ruptura parcial ou lesão que acomete um determinado músculo, geralmente da perna."A velocidade de recuperação dessa lesão pode ser muito encurtada com esse tratamento especial", justifica.

Outros problemas que podem ocorrer são a tendinite (inflamação dos tendões) em joelhos, tornozelos e também nos membros superiores, como punhos e cotovelos. Nesses casos, o fisiologista alerta que essas lesões também requerem tratamento, caso contrário podem se tornar crônicas.

Já no rol das mais graves estão as lesões de articulações, torções, fraturas, e a de cartilagem articular - a pior delas, segundo Barros.

Mas, para todas existe tratamento adequado. "Hoje, procedimentos de imagem apontam com precisão a extensão da lesão, a profundidade, a natureza, tudo para que o tratamento fisioterápico seja melhor direcionado. "Fisioterapia é a parte mais importante da recuperação de uma lesão e é sempre muito aconselhável que o indivíduo não se dê por curado até estar 100% recuperado", aconselha.

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Legado da copa

O especialista explica ainda que muita coisa deve ficar nessa área como legado da Copa. "O esporte de alto rendimento, e o futebol se enquadra nessa ideia, é um grande laboratório para desenvolver recursos. A princípio esses recursos são apenas para os atletas mas, posteriormente, tudo isso acaba repercutindo como um legado para o próprio praticante de atividade física. Ou seja, o esportista vai se beneficiar desses recursos no futuro", conclui.

Ouça a entrevista completa do fisiologista Turibio Leite de Barros no programa Rota Saudável da Rádio Estadão

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