Meditação apresenta caminhos para a conexão interior

Especialista mostra que a prática tem resultados significativos e pode ser realizada em diferentes momentos do dia

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Por Camila Santos
Atualização:
A meditação é um aprendizado contínuo de interiorização que exige dedicação para que seja atingido o autoconhecimento Foto: Sebastien Wiertz/ Creative commons

Com origens antigas, frequentemente associadas à cultura oriental, a meditação atrai pessoas que buscam a sabedoria interior por meio do desligamento das distrações do ambiente, que cede espaço ao esvaziamento mental. Esta técnica tem como importante elemento a respiração associada à concentração inserida ao dia a dia. Em entrevista ao programa Rota Saudável, da Rádio Estadão, a terapeuta Mirna Grzich contou que a escolha musical também é um fator determinante para a meditação, podendo, inclusive, causar mal estar caso seja um ritmo pesado. 

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Em relação aos benefícios desta prática, a terapeuta relatou que estudos da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, comprovam a mudança positiva gerada aos indivíduos que meditam. “Aqui no Brasil, o Hospital Albert Einstein analisa há mais de cinco anos a influência desta técnica na redução dos efeitos colaterais nas pessoas que são submetidas à quimioterapia”, afirma. Esta evolução acontece devido à conscientização dos pacientes a respeito do que se sucede no presente: “Geralmente, estamos muito preocupados com o futuro ou com algo que já terminou. Isso nos tira do eixo”, pontua Mirna.

A profissional destaca que além de contribuir para o processo meditativo, a respiração executada de maneira correta proporciona melhor oxigenação das células do corpo. “Ela também auxilia na união de toda nossa energia. Não podemos respirar superficialmente, pois dificulta a desconexão com o que há ao nosso redor”, ressalta. Apesar das recomendações, a terapeuta reconhece que se trata de um aprendizado contínuo de interiorização que exige dedicação para que seja atingido o autoconhecimento.

Mirna explica que não há apenas uma maneira de meditar, já que a prioridade não é a posição, mas os resultados que o ato levará à vida do indivíduo. “São várias possibilidades, porém, todas elas têm como finalidade o exercício da meditação sem a intervenção de sons, para que cada um possa e fazê-lo em situações alternadas do dia”, frisa. A terapeuta argumenta que não é correto associar meditação a religiões ou tradições espirituais: “Prestar atenção em si mesmo é uma condição existência e há escassez de ensinamentos para isso”, esclarece.

Segundo a profissional, o período da manhã é o mais adequado para a meditação: “Ao levantar, antes do primeiro gole de café, pode ser feita uma conexão interna por um minuto.” Por outro lado, Mirna observa que a prática pode ser realizada em qualquer momento e que possui um diferencial para o levantamento das atividades diárias. “É bom olhar tudo aquilo que aconteceu e trabalhar o perdão para não deixar os problemas da rotina prejudicarem o sono”, relata.

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