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Dicas para viver melhor e se possível por mais tempo

Feliz Natal, Feliz Hanucá!

Há 16 anos durante uma aula na faculdade, após ouvir de um único professor de medicina reflexões filosóficas sobre a transcendência, perguntei sobre as possíveis "cartas na manga" que ele escondia. Descobri com o tempo de convivência que a medicina que ele ensinava era aquela que envolve a boa técnica, a formação humanística e a religiosidade (que não quer dizer uma religião específica). Esta medicina completa fica despercebida dos professores e alunos e, consequentemente, das boas conversas em um consultório médico. Por que será que não falamos do essencial?

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Por Marcelo Levites
Atualização:

Graças a esta formação tenho a possibilidade de, quando percebo que o paciente necessita falar sobre o que acreditamos, simplesmente falamos.

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Tenho um paciente de 94 anos, absolutamente consciente que na consulta, entre pedidos de exames e resolução de queixas clínicas, gosta de falar sobre Deus e os mistérios da vida. Ele não tem mais a capacidade física de um jovem, mas a cabeça não para. Frequenta nosso grupo de leitura, troca opiniões com os outros, escuta e coloca seu ponto de vista de maneira ativa e elegante.

A pergunta que faço a vocês é: Será que está miscelânea de crença e força intelectual faz essas pessoas viverem mais e melhor?

Viktor Frankl, médico, psiquiatra e PhD em Filosofia que, durante a segunda guerra mundial, viveu e estudou as reações das pessoas nos campos de concentração nazistas, observou que as pessoas com maior capacidade de sobreviver eram aquelas que tinham um propósito e uma finalidade a realizar quando saíssem dos horrores da guerra.

Nesta semana, em que a maioria das pessoas comemora o Natal vale a reflexão sobre o que Viktor Frankl observou em situação muito adversa: Acreditar em alguma coisa além, nos faz viver mais e melhor?

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Deixo a todos que queiram viver mais e melhor um Feliz Natal, Feliz Hanucá!

 

 

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