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'M.D.N.A.': Madonna volta politicamente incorreta em disco feito para os clubes

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 Foto: Estadão

M.D.N.A., novo álbum de Madonna que foi apresentado ontem na íntegra na Aol Radio e se tornou assunto número um nas redes sociais, começa com uma oração. Em Girl Gone Wild, a cantora pede perdão por seus pecados e diz querer ser boa. Naturalmente, trata-se de mais um brincadeira da popstar, que já foi excomungada da Igreja Católica. Na faixa seguinte, Gang Bang, ela canta que vai direto para o inferno sob uma sonoridade futurista -- e levará seu amante. Na próxima, I'm Addicted, faz uma alusão clara às drogas ao falar de um amor: "Incendeia minha mente, é como M.D.M.A" (princípio ativo do ecstasy). Ainda não chegamos nem na metade do disco, mas o recado já está dado: Madonna voltou sendo Madonna.

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Se em Hard Candy (2008) ela se arriscou em um estilo mais urbano e outros terrenos não tão bem conhecidos, em M.D.N.A. a cantora somou forças com velhos e novos parceiros para entregar um álbum quase todo eletrônico, feito na medida para os clubes. Mas esqueça Confessions On a Dancefloor (2005) ou Ray Of Light (1998). Nos trabalhos anteriores, Madonna prezava pela coesão. Aqui, ela aposta nas diferenças: há rap de Nicki Minaj, samples de Martin Solveig, grooves de Benny Benassi, dubsteps de William Orbit. E funciona.

A impressão que muitos fãs tiveram de que Give Me All Your Luvin' e Girl Gone Wild eram escolhas fracas como single se confirma ao ouvir Turn Up The Radio, por exemplo - provável terceira escolha de divulgação. M.D.N.A. não é um disco sobre cheerleaders. Não se destaca nos momentos em que se confunde com músicas de qualquer outra cantora. É sobre noites intermináveis, paixões violentas e algum arrependimento no dia seguinte - como se nota na lentinha Falling Free, que fecha o álbum.

Emplacando ou não nas paradas de sucesso, é certo que M.D.N.A. vai ser tocado à exaustão nas pistas. Aos 53, Madonna parece determinada a recuperar o terreno perdido para outras artistas - que tanto beberam de sua fonte - fazendo o que fez de melhor ao longo de três décadas: música para dançar com muitas pitadas de polêmica. Em meio à tanta mesmice, seu retorno é bem-vindo.

Quer um gostinho? Põe o vídeo abaixo para tocar e diga o que achou. Em tempo: o lançamento no Brasil será no dia 26.

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