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Reflexões sobre histórias e clichês femininos

Chega mais 2018!

Como não amar você, 2017, que me deu uma filha? A experiência mais maluca e mais transformadora da vida. Sei que não foi fácil. Teve furacão, teve intolerância: política, religiosa, de comportamento. Teve linchamento. Teve agressão. Mas teve empoderamento. Mulheres colocando a boca no trombone. Teve #mexeucomumamexeucomtodas. Teve gente tomando consciência, pedindo desculpa, reconhecendo erros e refazendo vínculos.  

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Por Marilia Neustein
Atualização:

Como não te amar, 2017? Que teve disco novo do Chico, dos tribalistas. Show do Caetano com os três filhos. Caetano multiplicado por quatro. Como não te amar? Sei de tudo de horrível: famílias brigando, gente se separando, Brasil com 12 milhões de analfabetos. Teve atirador. Supremacistas brancos. Como, hein 2017? Como digerir as desigualdades, mortes em torcida de futebol, gays sendo espancados todos os dias? Malucos defendendo a censura, a discriminação. Como gostar de você, 2017?

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Mas é que você, 2017, mostrou a força da amizade, gente ajudando refugiados no mundo todo, grávidas unidas, jovem da periferia estudando em Harvard, discursos apaixonados no Oscar e fora dele. Teve Game Of Thrones amamentando, teve até novela boa depois de tantos anos. Sim, não tenho como não te amar, 2017. Eu sei que nem tudo foi bonito. Teve muita coisa feia. Teve tiroteio. Teve injustiça. Mas, o que eu posso fazer se 2017 me deu uma filha que anula tudo de ruim que tem no mundo? Essa pequena que neutraliza as dificuldades, que é uma injeção de vida, lembrando que o sentido de tudo não está no Facebook, não está na bolha, não está nas ideias parecidas ou diferentes, mas está no afeto. É piegas, eu sei. Mas o amor é brega e fazer o quê se estamos amando feito loucos?

Um beijo para todos. 2018 estamos de volta.

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