Assim sendo, queria dedicar aqui algumas linhas a essas criaturas que são mães, avós, tias importantes, pessoas que criam os filhos dos outros: olha, vocês são demais. Cada vez que aparece a história de uma criança que tem algum problema de saúde e que todo mundo compartilha no Facebook -em um surto coletivo de sentimento humanista - eu penso na mãe. No que sente aquela mãe. Não importa se é petista, se é tucana, se daqui ou de fora. É mãe e ponto. Ou na avó. Porque avós também são mães e ajudam no jeitinho de dar o primeiro banho, acalmam as filhas malucas - mães de primeira, segunda e terceira viagem. Refazem os erros que cometeram quando foram mães - porque sabe como é, muitas vezes, simplesmente não dá. São as mães e avó que olham para nós, quando estamos em estágio avançado de surtinho (de mimo, medo, confusão, TPM ou ansiedade) e dizem: "tudo bem". Porque, convenhamos, às vezes só o que a gente quer é um 'tudo bem' antes de dormir. E o'tudo bem' é para tudo: que você não foi a funcionária do mês, a mãe dos sonhos, a namorada disponível, a leitora mais atenta. Mãe é aquele ser que ensina diversas vezes o básico: o mundo não vai parar porque você não foi perfeita. Quer coisa mais libertadora do que isso? Além disso, que chip elas têm - apenas pelo no nosso tom de voz - o que quer que seja? Aquele dia em que você anda meio bocorochô, o telefone toca e é ela, sentindo - via chip maternal - que você não está bem e que precisa das palavras quentinhas de mãe.
Então, é preciso dizer: que venha o Dia das Mães. Com suas propagandas cafonas e musiquinhas de elevador. Eu sei que nem todo mundo tem sorte, nem todas as mães são maravilhosas e nem existe pote de ouro no fim do arco-íris. Há quem fique vociferando que o Dia das Mães é uma bobagem capitalista para gastar dinheiro, para as grandes economias dominarem o mundo etc.No entanto, é gostoso se reunir no domingo, se acabar de comer o prato típico de cada família, ver o tio mais velho dormir no sofá, o primos assistirem o jogo de futebol na TV e, claro, mimar um pouco elas (mães)- que mimam tanto a gente - com presentes, flores e cartões. E acima de tudo brindar essas coisa -tão fora de moda em dias de agressividade - chamada afeto.
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