Mudar o mundo começa com pequenos atos. Se estamos interessados em alterar qualquer grande aspecto da realidade, não podemos esquecer pequenos gestos do cotidiano que fundamentam a cultura que queremos mudar. E quando falamos de desigualdade de gênero e de tornar o mundo um lugar mais justo e melhor para as mulheres, há incontáveis ações que podemos adotar no dia-a-dia para isso.
Para começar, você (homem) sempre pode perguntar para uma mulher em que aspectos ela se sente mais desconfortável por ser mulher e, a partir daí, tentar mudar suas atitudes.
É o assédio na rua? Pare com o fiu-fiu.
É a dupla jornada: divida as tarefas domésticas.
É não ser respeitada no trabalho? Pare de fazer piadas com as mulheres ou de fazer comentários que as deixem desconfortáveis.
Você pode melhorar em tudo. Mesmo que a reclamação de uma mulher seja cólica, você pode aproveitar a oportunidade para rever suas atitudes e parar de tratar um absorvente como um objeto tóxico de outro planeta e a menstruação como um tabu.
Lembre-se: você está imerso em uma cultura que desvaloriza e menospreza tudo que é entendido como feminino. Há sempre espaço para melhorar.
Você, mulher, não está isenta. Não temos todas as mesmas experiências de vida e nem passamos pelos mesmos tipos de opressão. Ouça as mulheres diferentes de você: brancas, negras, orientais, indígenas, transexuais, bissexuais, lésbicas. Tente entender suas reivindicações e mude o jeito como você as trata.
Pare de julgar outras mulheres pelo o que vestem ou deixam de vestir.
Tenha empatia pelas mulheres em relacionamentos abusivos. Nunca mais chame ninguém de "mulher de malandro", entenda que não é fácil cortar relações.
Pare de culpar mulheres pela infidelidade dos homens.
Veja nas mulheres à sua volta potenciais aliadas e não potenciais rivais.
Há outras iniciativas simples e, ao mesmo tempo, poderosas:
- Entreviste uma mulher: Somos tão competentes quanto os homens, mas ainda somos minoria nas reportagens, especialmente entre fontes de autoridade.
- Vote em uma mulher. Procure candidatas na sua cidade aqui.
-Não tem conversa: Boicote eventos cujos paineis sejam formados apenas por homens.
- Convide uma mulher para palestrar.
- Ajude a financiar um projeto feminista.
- Veja filmes com mulheres na equipe.
- Compre de mães empreendedoras que buscaram uma alternativa para o mercado de trabalho nada flexível com a maternidade.
- Passe 33 dias sem machismo: Para os homens repensarem um ponto a cada dia.
Essas são algumas das atitudes mais básicas, mas só elas não bastam. Mudar culturas seculares não é um trabalho fácil: exige esforço e mobilização social. Mas nenhuma mudança jamais se sustentará sem uma profunda alteração em nossos hábitos, e você não tem absolutamente nenhuma desculpa para não começar isso agora mesmo.