Desde muito cedo aprendemos o sentido do medo, ele faz parte das nossas experiências, a cada momento ele nos protege, nos alerta que é preciso ficar atentos em situações cotidianas como, por exemplo, atravessar a rua.
Torna-se natural vivermos com esse sentimento e logo arrumamos uma forma de estar em paz, mesmo sabendo que ele pode aparecer em alguns momentos.
Mas de repente resolvemos que queremos ter um filho, a alegria toma conta de todo nosso ser. Idealizamos como é ter um bebê e focamos mais nas alegrias que é ter um filho, deixando de lado os receios naturais que aparecem nesse momento.
Mas quando o filho nasce tudo muda. Passamos a conhecer o medo com muito mais intimidade, chegando a sentir pavor em várias situações, sendo necessário desenvolver milhões de recursos para lidar com tantos momentos em que o sentiremos presente.
O medo aparece durante a gravidez, no parto, nas febres, quando nós ainda inexperientes ficamos apavorados. Vão aparecer no primeiro dia da escolinha, na troca de babá, na primeira noite que dormirá na casa do amiguinho, e assim muitas outras situações onde o medo aparecerá e vamos então dando conta de lidar com ele, uns com mais tranquilidade e outros com muita dor.
Mas apesar de lidar com as dificuldades da época em que são pequenos, ainda passamos por vários momentos difíceis como a chegada da vida adulta, que é tão cheia de encantos, mas que também nos coloca cara a cara com o medo das ruas, da influência das amizades, das drogas, acidentes, do que agora eles estão sujeitos e que nós pais, não controlamos.
O maior medo que temos é o de perder os filhos, um amor tão genuíno, tão forte, o único com poder de destruir nossa vida. Mas enfim, vamos olhando para esses sentimentos e assumindo, um a um, enfrentando e aprendendo que não há como viver sem ele ao nosso lado. Precisamos fazer uma aliança com o mesmo, pois precisamos seguir em frente, permitindo que nossos filhos vivam a vida, e que possamos respirar com uma certa tranquilidade.
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