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Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|Faço da forma que quiser e nem ligo para o que você pensa

Às vezes a fonte do fracasso está em não se reconhecer como alguém capacitado

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 Foto: Estadão

Desculpe, mas é a mais pura verdade, se imaginava que passaria os meus dias preocupado com o que você pensa de mim, está enganado. Já há muito tempo me livrei das amarras da neurose, simples assim, sou dono de mim mesmo.

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Libertação, palavra que descreve meu sentimento, afinal depois de passar anos preso a amarras que jogaram em cima de mim, pude identificar o que é meu e o que é do outro. Para você que se sente preso ainda tentando preencher as expectativas do outro, liberte-se.

Essa situação descrita acima é muito comum, milhares de pessoas acordam todos os dias, insatisfeitas consigo mesmas por não conseguirem arrancar das pessoas ao seu redor elogios, palavras de reconhecimento. Desde pequenas, por algum motivo, foram negligenciadas em suas realizações, nada era certo, nunca estava bom o suficiente para o outro.

Você se identifica? Caso essa seja a sua realidade, imagino como se sente. É como se sempre tivesse que fazer algo a mais, podia ter tirado nota melhor na escola, não arrumou o quarto direito, sentou-se errado à mesa, não foi educado com as visitas, mas o mais interessante é como alguns pais e cuidadores projetam em outras pessoas as suas próprias insatisfações. As crianças e adolescentes crescem ouvindo que fazem tudo errado e vestem a roupa do sou inadequado.

Em uma tentativa de serem reconhecidos partem em busca de limpar, arrumar, ficar em silêncio, tirar boas notas, enfim, mas nada é o suficiente para receberem um olhar, um carinho ou um parabéns, você fez certo.

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Tudo bem, isso passou e ficou lá no passado. Será? Claro que não, a não ser uma minoria que conseguiu ressignificar essa vivência e seguir em frente. As marcas ficam incrustradas na alma, uma insatisfação crescente, ansiedade fazendo o peito doer e nem sempre nos damos conta de onde vem tudo isso.

O racional não acompanha o emocional, é tudo tão subjetivo. Não queremos viver dependendo da aprovação do outro, mas nos pegamos sempre falando ou fazendo algo que não condiz com nossa forma de pensar só para não ser mal avaliada.

Sentimentos como a tristeza e a baixa autoestima estão sempre presentes, assim como na vida não conseguimos seguir em frente por estarmos presos a esses vínculos do passado.

Então meu amigo está na hora de dar um basta e seguir em frente, reavaliar o que sente, resolver o que ficou para trás e assumir a postura de um adulto. Não se enxergar com os olhos do outro, mas pelos seus, acreditando em suas percepções e capacidades.

A libertação se dá quando jogamos a culpa no lixo que é onde ela devia estar desde sempre, porque se perdoar é o caminho para ter uma vida mais equilibrada e feliz.

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Opinião por Luciana Kotaka
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