Foto do(a) blog

Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|Enfrentando a separação

A solidão como forma de elaboração interna após o rompimento

PUBLICIDADE

Foto do author Luciana  Kotaka
Atualização:

 

 Foto: Estadão

por Luciana Kotaka

PUBLICIDADE

Não é nada fácil se deparar com o fato de que o amor acabou ou mesmo que um acontecimento inesperado levou a um rompimento da confiança e quebra da relação. Na época de nossos avós era comum a mulher aceitar o casamento sem afeto, com brigas e desacordos que magoavam a instituição do casamento, porém com o tempo isso foi mudando e vemos crescente ascendência do divórcio.

Os cartórios registraram 1.041.440 de casamentos no Brasil em 2012 enquanto a quantidade de divórcios chegou a 341,6 mil. Isso quer dizer quepara cada separação registrada no país em 2012 houve pelo menos três casamentos. Os dados fazem parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mesmo com o aumento no número de casamentos registrados fica claro que o divórcio passou a ser um passo decisivo na vida de muitas pessoas, mudando e muito o panorama das décadas passadas. Dessa forma com a evolução feminina e com a entrada da mulher no mercado de trabalho, ficou mais tranquilo para as mulheres enfrentarem o peso da separaçãoque hoje já conseguimos aceitar como, algo natural, quando um casal não tem mais uma ligação de afeto, e se separe.

A grande questão é como enfrentar o processo de ficar só sem se desesperar com a ausência de um parceiro ao seu lado, enfrentar a solidão e lidar com os dissabores dos primeiros momentos. É fundamental que possamos vivenciar esse rompimento de forma plena, para que possamos elaborar dentro de nós mesmos a dor, a ausência, os sonhos idealizadosque são rompidos e a nova realidade que de alguma forma pesará sobre os ombros.

Publicidade

Quando nos permitimos viver o luto, aprendemos que na vida tudo tem início e fim, para que assim possamos prosseguir em busca da felicidade, além de possibilitar rever onde houve falhas, para que quando nos apaixonarmos por outra pessoa novamente possamos entrar sem carregar velhos hábitos e cometer os mesmos erros da relação passada.

Começar um novo relacionamento somente quando sentirmos que, mesmo estando sozinhas, estamos fortes e seguras, assim a nova escolha poderá ser um complemento da nova fase de vida, e não um apoio ou mesmo dependência de amor. O casamento acima de tudo é respeito, cumplicidade, segurança e amor.

Opinião por Luciana Kotaka
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.