Encher os dias com compromissos não é sinônimo de felicidade, porém muitas pessoas se enganam achando que sim, mas quando retorna aos seus lares e se deitam para dormir, se veem sozinhos precisando lidar com a solidão.
Algumas pessoas irão se viciar em séries, outras irão dividir o espaço com algum bichinho de estimação, imagine ficar literalmente sozinho e ouvir os veredictos internos. Mas a verdade é que não dá para se enganar o tempo todo, entre risadas e bebidas precisa haver um espaço para cuidar de si mesmo.
Tem até aqueles que elegem alguma pessoa como seu terapeuta pessoal, mas não se arriscam a sentar cara a cara com um psicólogo. Deparar-se com o verdadeiro eu dói demais, muitos preferem ir empurrando as dificuldades para baixo do tapete ou mesmo se perder em noitadas regadas a álcool, trocando de parceiro, mudando de emprego. Sempre há uma opção, mas muitas vezes o preço ao decorrer dos anos pode sair caro demais, será que vale a pena?
Essas situações lembram o jogo do contente que consiste em procurar extrair algo de bom e positivo em todas as situações, até nas experiências ruins. Essa é uma linha de pensamento muito bacana, traz inúmeros benefícios para nossa vida, eu mesma utilizo muito. Porém, quando esse comportamento se torna um ritual obsessivo, fazendo dessa forma de jogar uma arma contra situações e comportamentos pessoais que não se quer enfrentar, aí sim se torna patológico.
Realmente não dá para tapar o sol com a peneira o tempo todo, uma hora isso vai estourar e no final se dará conta de tantas oportunidades que perdeu ao longo da vida, pois simplesmente não teve tempo de se olhar no espelho de verdade.
O tempo passa meu amigo, sei que sabe disso e sei que muitos irão esquecer na sequência tudo o que leu, mas quem sabe resolve um dia parar de buscar a felicidade no lugar errado, já terá valido o meu tempo.