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Comportamento, saúde e obesidade

Opinião|Alimentação infantil seletiva ou falta de limites?

É necessária uma boa escuta para que se entenda o que o sintoma quer denunciar

Foto do author Luciana  Kotaka
Atualização:
 Foto: Estadão

Vem aumentando de forma significativa a procura de pais com a queixa de que seus filhos comem poucos alimentos,  referindo-se a uma alimentação seletiva.

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Mas o que será que isso significa? São crianças que se limitam a comer de cinco a dez alimentos, sendo que a preferência seria de carboidratos. As tentativas de ampliação do consumo de alimentos diferentes são geralmente um processo lento e que causa muita resistência.

Em geral não há comprometimento no crescimento e no peso. Acontece com mais frequência em meninos. Podem ocasionar problemas sociais importantes. Não há uma preocupação com a forma corporal ou peso. Disfagia funcional - recusa alimentar associada aos alimentos de um mesmo tipo ou textura.

As crianças podem sentir medo de engasgar, vomitar ou de engolir e por isso recusam o alimento que causa medo. Em alguns casos pode ter havido uma experiência ou evento precipitante. Não apresentam medo de engordar ou distorção da imagem corporal.

Mas percebo durante os atendimentos com pais que uma grande parcela dos casos há um excesso de flexibilidade, onde conforme a criança vai se opondo a comer alguns alimentos, os pais vão substituindo alimentos que são mais gostosos, mesmo que esses não sejam saudáveis.

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Educar um filho é muito difícil, nos primeiros meses ou anos é só seguir as orientações médicas, mas conforme vão crescendo e aprendendo a realizar escolhas o trabalho vai aumentando, afinal cabe aos pais ensinar o certo e o errado, oferecer alimentação de qualidade e dar limites quando necessário.

Junto com as orientações do pediatra e até de uma nutricionista, a introdução dos alimentos devem ser realizadas de acordo com a idade, seguindo um cardápio que favorecerá o crescimento e o ganho de peso adequado em cada fase.

Se o filho bate o pé que quer miojo e cedemos, como ele irá aprender a tomar uma sopinha mais saudável? Ou quer a bolacha, a batata frita em vez de brócolis, do arroz e o feijão?

É preciso ensinar aos filhos a comerem com qualidade, fornecendo pratos criativos, proporcionando uma boa relação com a comida. Não esmorecer frente a oposições, e sim buscar formas de ensiná-los a comer.

Com uma boa dose de paciência e amor os pais conseguem que seus filhos tenham uma excelente alimentação, resultando em saúde e um bom desenvolvimento.

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Opinião por Luciana Kotaka
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