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Porque somos todos iguais na diferença

Primos, nossos primeiros grandes amigos

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Por Claudia Pereira
Atualização:

Ter irmãos é algo que nem todos têm o privilégio. Assim como eu, muitas pessoas por esse mundo afora foram predestinadas a ser filhas únicas. Mas primos, praticamente impossível existir alguém no planeta que não os tenha. Bom, a menos que seja uma sequência de filhos únicos se relacionando por gerações.

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A minha avó, por exemplo, teve 21 filhos. Sim, 21. E quando comento isso com as pessoas é sempre um choque. Imaginem a quantidade de primos que surgiu dessa prole. Tem gente que não conheço e que, provavelmente, nunca conhecerei.

Mas hoje, quero falar daqueles primos que fazem parte da nossa rotina, aqueles que marcaram a nossa infância e juventude, aqueles que nem sempre são de sangue, mas de consideração.

Amizade entre primos: uma relação pra lá de saudável. Foto: Pixabay

Provavelmente, os primos são nossos primeiros grandes amigos. Me lembro bem de, na infância, sempre estarmos juntos e compartilharmos muitas coisas - brinquedos, doces, broncas, sentimentos. Alguns mais amorosos e com um grau de conexão tão grande que, para captar algo, apenas um olhar ou um sorriso bastavam. Os mais velhos quase nunca tinham paciência com os menores e, constantemente, ouvíamos um pirralha (o) aqui e acolá.

Junto com os irmãos, é com quem aprendemos a argumentar, dividir, brigar, amar. São nossos confidentes - às vezes mais do que os próprios irmãos. Quando criança, era cercada por primos do sexo masculino. Então, com eles aprendi a soltar capucheta, pipa, a jogar bolinha de gude, taco, andar de carrinho de rolimã e, claro, a me defender. Fora as tardes de Verão em que passávamos brincado de pega-pega e esconde-esconde. Brincadeiras que só são divertidas se tiverem um número razoável de pessoas. E quem mais poderia completar esse time? Primos. Talvez as crianças de hoje nem saibam o que são esses passatempos.

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Com eles, compartilhamos nossos primeiros bons e maus momentos. Foto: Pixabay

Há também aquelas pessoas que a vida te dá de presente, e que você ama tanto que fica difícil não classificá-las como da família. Os famosos primos(as) do coração ou de consideração.

Quantas e quantas noites conversando, rindo, relembrando histórias com aquele(a) primo(a) que ia dormir na sua casa durante as férias ou em um fim de semana aleatório?

O correr dos anos vão fortalecendo ou suavizando algumas dessas relações. Mas, com certeza, o que nunca há de se perder são as lembranças, a cumplicidade e as memórias construídas ao longo da jornada.

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