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Porque somos todos iguais na diferença

O que você já fez por amor?

Por Adriana Del Ré
Atualização:

Nesse primeiro texto do ano do blog, eu quis falar sobre amor.

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Esses dias me peguei pensando: 'o que eu já fiz por amor?'. Bom, já escrevi bilhetes; viajei para outro Estado; rabisquei versos de amor em cartas; perambulei pelo bairro até encontrar meu amado; liguei só para ouvir a voz do outro lado da linha; mandei mensagens carinhosas pelo celular; e, algo do qual não me orgulho nem um pouco: fiquei numa relação abusiva.

E aí me perguntei - sim, a experiência nos traz essa dádiva chamada lucidez: 'será que posso chamar isso tudo pelo que passei de amor?'. Acho que, na maioria dessas situações, amei sozinha. Tudo bem, amor unilateral pode até existir, mas eu prefiro chamar isso de masoquismo, obsessão, esperança em demasia. Afinal, o que adianta esforços tamanhos se o outro lado não te corresponde ou te devolve esse amor à altura que você merece?

Nesses casos que citei no começo do texto, eu oferecia muito amor, mas não tinha a recíproca de volta. Só que aqui não há culpados. Há descompassos de sentimentos. Ok, confesso que, em outras situações não mencionadas aqui, já fui a pessoa que não amou o suficiente. É do jogo. E, nessas horas, quem está no lado 'que ama' precisa saber que, apesar de doloroso, é preciso sair de cena, passar pelo luto e seguir em frente.

 

Então, me perguntei de novo: 'o que já fiz por amor?' - desta vez, saindo do campo de relacionamento e avançado para o da afetividade: dei à luz minha filha; ofereci meu ombro para alguma amiga chorar; escolhi um presente a dedo para meus pais, minha irmã ou meus avós; liguei com saudade para minha tia ou meus primos; levei desesperada meu gato para o pronto-socorro...

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Amor não precisa estar só vinculado a um relacionamento. É possível também senti-lo, experimenta-lo no dia a dia, com família, com amigos, com bichos de estimação, em pequenos/grandes momentos, gestos. E usa-lo como antídoto contra essa onda de ódio e desesperança que tem nos afetado nos últimos anos.

E se 2016, como já escrevemos aqui no blog, foi o ano em que aprendemos a dizer 'eu te amo' e 'me desculpe', 2017 talvez tenha sido o ano em que buscamos alternativas, nos reinventamos, plantamos sementes, e, por isso, 2018 precisa ser o ano, como dizem, da colheita, da conquista, da virada de jogo.

Ah, e lembre-se: amor num relacionamento, só se for na mesma medida de ambos os lados. Nem mais, nem menos.

Love, love, love. Um 2018 com muito amor a todos nós!

 

Comentários e sugestões de pauta devem ser encaminhados para os e-mails familiaplural@estadao.com e familiaplural@gmail.com

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