Ô, super-homem, tire a mão do parapeito A vida, nego, é assim mesmo Tem dias que essa fantasia de capa, espada e heroísmo nos cai feito uma luva. Em outros, nos travestimos de pangarés de circo (upa, upa).
Ô, super-homem, pare de olhar pra baixo.
Assim você me mete medo.
O amor, meu velho, tem sempre esse enredo Não adianta perder cabelo, e engordar feito um camelo.
Faz seus corres aí, mano. Tem sempre um arqui-inimigo ameaçando o mundo ocidental em algum lugar do planeta.
Tá, tá, entendi! Quer ficar de boa, tomar umas coisas e estourar a própria cabeça.
Falou, imortal! Não vou ficar de paparico. Go ahead!
Difícil é ter que olhar para os dois lados ao atravessar a rua. Ou ter cagaço de qualquer check-up.
Ou você achou o quê? que era melhor que eu? Ah, se fudeu!
Ei, ei, ei brincadeira sai de perto da janela.
Contra ela, a criptonita, só birita e poesia.
Vai viver a vida. Não pule ainda.
Ninguém é imbatível peito de aço coração de serpentina.
No mais, Super-Homem, você é um bom sujeito, eu acho.