Essa não é a minha turma, minha laia, meu bando.
Essa não é a minha praia,minha onda, meu canto.
Esse não é o meu País.
Tem o mesmo nome,
as mesmas árvores fraudulentas
e as aves que cacarejam.
Vejam,
é quase o mesmo,
é verde-amarelo,
é um gigante desmaiado no sofá da ante-sala
na espera
de um consultório triste.
Essa não é você.
Essa não é a mulher que eu amei
um dia.
Esse é um arremedo de vida,
uma encenação amadora
com platéia cheia
mas muita meia-entrada.
Essa não é a minha vez.
Nem a sua.