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Dicas e curiosidades sobre animais

4 passos para evitar giárdia em cães, gatos e humanos

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Foto do author Luiza  Cervenka
Por Luiza Cervenka
Atualização:

Eddie~S/Creative Commons  

Levar o seu cãozinho a locais com grande presença de animais, ou mesmo a convivência de mais de um cão no mesmo local, expõem o seu companheiro a diversas infecções. Uma das mais comuns é a giardíase, causada pelo protozoário Giardia lamblia.

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A doença pode ser transmitida do animal para o homem e vice-versa, por isso é considerada uma zoonose pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O contágio ocorre quando há a ingestão de água ou alimentos contaminados pelos cistos ("ovos") do protozoário. Os cistos também podem ser encontrados nos pelos dos animais.

"A giardíase é uma doença bastante comum. Os principais sintomas são diarreia, fezes pastosas e fétidas, vômitos, dor abdominal, desidratação e perda de peso. Em casos mais graves, podem levar o cão à morte", afirma Fabiana Avelar, Gerente de Produto - Animais de Companhia da Zoetis.

Por conta destes sintomas, a infecção pode ser facilmente confundida com outras enfermidades intestinais e tratada de maneira incorreta. Por isso, é fundamental identificá-la rapidamente e, acima de tudo, preveni-la.

Limpeza da casa

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allison/Creative Commons Foto: Estadão

A giardíase se torna mais difícil de ser combatida pela reinfecção do animal. Se seu gatinho já tem o protozoário, liberar um cisto pelas fezes e se lamber, ele pode contrair novamente a doença. Por isso, retire as fezes assim que o peludo usar a caixinha de areia ou fralda. Após, limpe o local com amônia quaternária, que auxilia a matar o parasita no ambiente. "É muito importante que os ambientes onde o animal vive e se alimenta estejam sempre limpos. Outra recomendação é vacinar seu companheiro anualmente para que ele fique sempre protegido", diz Fabiana.

Exames de fezes de rotina

Muitos veterinários recomendam vermifugar o animal a cada seis meses ou uma vez ao ano. Porém, esta prática pode facilitar o aparecimento dos sintomas da giardíase. Isso porque elimina, junto com os vermes, alguns protetores intestinais. O mais indicado, então, é fazer um exame coprológico (famoso exame de fezes) a cada seis meses e repeti-lo após quinze dias, para verificar a saúde intestinal do animal. Se encontrado algum parasita, aí sim a recomendação é utilizar a medicação específica para tratar aquela doença.

Lavar as mãos e limpar os pés

Ernesto Andrade/Creative Commons Foto: Estadão

Quando chegamos em casa, vamos logo mexer no nosso pequeno. Porém, nós podemos passar doenças para eles. Nossas mãos pegam dinheiro, pegam em corrimão, alimentos contaminados e limpam sujeiras em nossas roupas. A primeira coisa a se fazer é lavar as mãos, para evitar a contaminação para dos nossos peludos.

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Além disso, é muito importante evitar andar de sapato dentro de casa. Afinal, os peludos adoram lamber o chão. E sabe-se lá onde nós andamos. Por isso, ao chegar, troque o sapato por um chinelo de quarto e aproveite o momento com seu peludo, sem possibilidade de contaminação.

Vacina

Outra forma para proteger o animal da giardíase é a vacina. Apesar de haver tratamentos disponíveis, as reinfecções são frequentes na maioria dos casos, pois os protozoários eliminados nas fezes podem contaminar novamente o ambiente e causar nova infecção. As duas primeiras doses devem ser dadas quando o peludo ainda é filhote e, depois, uma dose anual, quando adulto

Contaminação em humanos

Estudos científicos revelam que uma em cada cinco crianças brasileiras em fase pré-escolar (de 2 a 6 anos) apresentam infecção por giardíase. Em creches, a frequência da doença chega a atingir mais da metade das crianças, devido ao uso de água não fervida e não filtrada. Aliás, a giardíase é a principal infecção intestinal detectada nestes estabelecimentos.

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A lavagem das mãos apenas com água também é um fator de risco para a infecção. Vale lembrar que os cistos de giárdia e de outros parasitas podem ser encontrados em águas de esgoto, tanto tratado como não tratado.

O tratamento da giardíase pode ser demorado e caro. Muitas vezes uma única medicação não é suficiente para resolver a doença. Por isso, a prevenção ainda é o mais indicado.

Esse bichinho silencioso pode estar agora na sua casa e você nem percebeu. Por isso, previna, faça exames regulares e fique longe desta doença.

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