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Uma alimentação consciente no paraíso da comilança

O que é Comer Livre pra você ?

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Por Juliana Carreiro
Atualização:

OIdec, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, realiza diversas ações para nos conscientizar a respeito da importância de adotarmos hábitos alimentares mais saudáveis e sobre como fazer isso.A mais nova campanha encabeçada pela entidade é a #ComerLivre, que desafia os internautas a responderem perguntas sobre as barreiras que os impedem de se alimentarem melhor. São temas como: publicidade, falta de tempo, de conhecimento, custo e oferta de alimentos saudáveis e falta de habilidades culinárias. Serão postados seis vídeos semanais nas redes sociais e no site do órgão que levantam as perguntas. As melhores respostas serão postadas como dicas.

 

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O objetivo da ação é popularizar os conceitos elencados pelo Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em 2014 pelo Ministério da Saúde, que recomenda uma ampla diminuição do consumo de alimentos ultraprocessados e o aumento dos naturais ou minimamente processados. Segundo a nutricionista do Idec, Ana Paula Bortoletto, "o desafio éengajar os consumidores e mapear o maior número possível de iniciativas e soluções que ajudem a contornar os desafios para uma alimentação livre. Por isso, a campanha irá mostrar que para comer de forma saudável é preciso facilitar o consumo desses alimentos".

 

O primeiro vídeo já está no ar e questiona 'Afinal, o que é comer livre para você?'

Comer livre pra você é consumir tudo o que tiver vontade sem se importar com as consequências disso para o seu organismo a curto, médio ou a longo prazo? Para mim é o contrário. Como eu já escrevi aqui no blog, há mais de dez anos eu optei por tirar o glúten, o leite de vaca e seus derivados e o açúcar da minha rotina alimentar. Não tomei essa decisão sozinha. O fiz depois de muitos estudos da minha mãe, que é nutricionista, e depois de confirmar que realmente me sinto muito melhor sem eles. Dentro de casa e até nas festas da minha família faço isso com muita facilidade pois tenho todos os ingredientes necessários para fazer as substituições que preciso e também dezenas de receitas adaptadas ao longo desses anos que me ajudam a manter uma alimentação prazerosa, afetuosa e aconchegante, como eu acho que ela deve ser. Está longe de ser um cardápio fit, low carb ou com contagem de calorias. Acho que comer livre é isso. Ter informações suficientes para saber o que te faz bem ou não. Eu consumo só o que me faz bem e fico feliz assim.

 

O problema aparecia nos eventos sociais, quando eu saia para encontrar alguém em restaurantes, padarias, lanchonetes ou pizzarias, por exemplo. Há alguns meses eu tinha pouquíssimas opções e isso reduzia essa minha liberdade de escolhas. Mas este obstáculo tem diminuído a cada dia. Por conta de uma maior conscientização dos consumidores - lenta, mas crescente - a respeito dos malefícios de determinados alimentos, alguns destes locais passaram a ter uma oferta um pouco mais variada para clientes como eu. Vou até citar alguns aqui.

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Eu disse que não como glúten, mas adoro um hambúrguer de vez em quando. Hoje já tenho dois lugares para ir: A Lanchonete da Cidade e a A Chapa têm pão sem glúten. Em algumas unidades da Sala Vip posso comer uma pizza sem glúten e sem leite, algo que faço também só de vez em quando. E padaria? Nunca encontrava nada para mim. Hoje já tem uma padaria e um empório nas ruas próximas à minha casa que têm pão de queijo sem leite. No Shopping Paulista e no Shopping Frei Caneca há uma loja de sucos que não coloca açúcar em nenhuma preparação, mal encontram os pacotinhos extras para quem quer adicioná-lo. Na semana passada fui convidada a conhecer o restaurante mexicano Pacífico Coasta Grill. No cardápio, além dos pratos mexicanos tradicionais, há também opções mais leves e saudáveis como os 'bowls', eu pedi um que leva quinua como opção de carboidrato e adorei. Sei que existem outros estabelecimentos com propostas parecidas, mas citei apenas alguns exemplos dos que fazem parte da minha rotina.

 

Este tipo de novidade amplia muito o meu repertório de passeios e me faz sentir em casa em vários lugares, algo que raramente acontecia quando eu comecei a me alimentar de forma diferenciada. Mas ainda sinto falta de doces sem açúcar e gostaria também que estas opções estivessem em número bem maior de estabelecimentos e com um preço menor, nem que fosse o mesmo dos produtos tradicionais, porque muitas vezes elas são um pouco mais caras. O aumento da demanda pode fazer com que os preços fiquem mais baixos, mas os preços mais baixos também podem colaborar com o aumento da procura. Vou aguardar esperançosa pelos próximos anos.

 

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