O Dia Internacional da Mulher, quarta (8), ganhou um presente do coletivo Nós, mulheres da periferia. Foi o lançamento do Nós, Carolinas, primeiro documentário do grupo, na Galeria Olido, no centro de São Paulo. Com sala lotada, sete mulheres - que conhecem e vivenciam o universo feminino nas comunidades e bairros da periferia - levaram às telas a vida de outras quatro mulheres, de 17 a 94 anos.
Na fala das entrevistadas, são abordados temas como racismo, preconceito, maternidade, amor e falta de acesso à educação. São diferentes trajetórias que se cruzam pela mesma realidade imposta às mulheres negras e pobres, moradoras das bordas da cidade.
O ponto em comum foi, inclusive, motivo de comoção para muita gente que estava na plateia. Ao fim da apresentação, durante o debate promovido pelo coletivo, algumas mulheres falaram sobre a importância de levar as histórias ao cinema, pois se trata de representatividade. Aquelas histórias diziam um pouco sobre a vida de toda mulher negra da periferia.
Ainda durante a conversa, a integrante do coletivo Jéssica Moreira dedicou à mãe, que sempre trabalhou como diarista, a possibilidade de ter estudado. A importância da ancestralidade, das mulheres que vieram e lutaram antes, também ficou explícita no discurso de muitas outras filhas emocionadas.
Visite o site do coletivo Nós, mulheres da periferia para conhecer um pouco mais sobre a iniciativa. O documentário tem 17 minutos de duração e fica em cartaz durante o mês de março. Uma experiência imperdível de (auto)conhecimento:
Circuito
11/3 - Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes - 15h
Rua Inácio Monteiro, 9600 - Cidade Tiradentes - São Paulo
16/3 - CIEJA Campo Limpo - 20h
Rua Cabo Estácio da Conceição, 176 - Parque Maria Helena - São Paulo
18/3 - Biblioteca Cora Coralina - 14h
Rua Otelo Augusto Ribeiro, 113 - Guaianases - 08461-000 São Paulo, SP
24/3 - Biblioteca José Anchieta - 20h
Rua Antônio Maia, 651 - Perus - 05204-110 São Paulo, SP